Pedro Galego: um olhar atento à realidade

O painel «Ecos de silêncio no jornalismo» foi um dos mais atrativos da Jornadas da Comunicação. O debate contou com a participação de quatro convidados: Tiago Silva, jornalista do Alto Alentejo, Giovanni Ramos, jornalista professor e investigador, o investigador da Universidade da Beira Interior, Pedro Jerónimo e ainda a jornalista da TVI, Ticiana Xavier. Entre os alunos e docentes na plateia, estava o jornalista correspondente da SIC Pedro Galego, que assistiu o evento com entusiasmo e conversou com o JC Online.

Para Pedro Galego o jornalismo funciona como um “despertar de consciência, num regime democrático.” Ao refletir sobre a profissão na atualidade, o entrevistado destacou que “com as redes sociais é importante adaptar o modo de trabalho do jornalista, nunca comprometendo os valores éticos, da verificação, da veracidade, da objetividade, da imparcialidade.”

Acrescentou ainda que: “o conteúdo que é fornecido por um jornal tem de ser fidedigno, ao contrário daquilo que é uma comunicação feita por uma entidade, que mostra apenas aquilo que é do seu interesse, mesmo que não seja a história toda do principio ao fim, sem o contraditório.” E aconselhou os jovens estudantes a procurarem a imparcialidade: “A profissão (de jornalista) não é só esticar o gravador e ouvir o que o indivíduo A ou B, ou político A ou B tem para dizer, é muito mais do que isso, é questionar, é pôr sempre em perspetiva, é ir à procura do outro lado da mesma história e ver se isso é mesmo assim. Se nós atribuirmos as notícias da nossa cidade ou da nossa vila apenas e só à comunicação que a Câmara Municipal, ou seja que entidade for, coloca no Facebook, podemos estar a passar um pouco ao lado daquilo que são os factos e daquilo a que devíamos dar importância enquanto cidadãos num regime democrático que merece ser acarinhado e preservado.”

Estes são alguns princípios fundamentais que devem ser seguidos pelos jovens jornalistas.

 

Autores: Miguel Carvalho e Giulia Goldoni

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