Pequenos viticultores atingidos pela quebra da produção

A produção de vinho no Alentejo sofreu este ano uma quebra de vinte por cento, o que representa, de acordo com as adegas contactadas, cerca de menos de vinte e cinco milhões de litros de vinho produzidos em relação ao ano passado. A principal causa apontada para esta redução na produção são as condições climatéricas a que a cultura da vinha foi sujeita.

Tendo sido um verão quente e prolongado no Alentejo, os pequenos produtores locais acabaram por ser os maiores prejudicados. Um deles foi António Luís de Almeida, produtor vinícola em Vila Viçosa.

Apesar de não ser a sua principal atividade, iniciou-se na produção de vinho e de aguardente há 16 anos. A produzir oito a nove mil litros por ano, teve a iniciativa de criar uma marca e patenteá-la. O mesmo não aconteceu este ano, as vindimas atrasaram e a produção caiu para menos de metade, rondando os três mil litros de vinho.

O produtor confessa que as condições meteorológicas não foram o único obstáculo: “É um sector com grandes dificuldades, por ser uma área com grande concorrência no Alentejo, que necessita de muito investimento e por o lucro obtido não ser o suficiente”, referiu António Luís Almeida.

São mais de duas dezenas de grandes produtores afetados pela queda na produção de vinho. Andreia Gonçalves, técnica da Adega cooperativa de Borba, não quis avançar valores por ser uma fase de produção ainda precoce, mas afirma ter havido uma diminuição na produção desde o ano de 2014.

Apesar de as condições climatéricas e algumas pragas terem ameaçado as vindimas deste ano, a Adega de Borba conta já com encomendas até ao final deste ano e promete a mesma qualidade de sempre.

 

Autor: Marta P. Ramos

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