Grupos académicos suspendem ensaios como medida de prevenção da Covid-19

Dado o aumento de casos de Covid-19 em Portalegre, os grupos académicos foram forçados a adaptar as suas rotinas. As tunas interromperam os ensaios, mas Grupo Académico de Serenatas manteve os encontros.

A Tunapapasmisto e as Tuninfas, do Instituto Politécnico de Portalegre, suspenderam os ensaios como forma de evitar a propagação da Covid-19. Já o Grupo Académico de Serenatas manteve as reuniões, embora com precauções.

A Tunapapasmisto  decidiu, em reunião realizada no dia 12 de novembro, suspender os ensaios durante 15 dias úteis. Maria Bôto, presidente do grupo de 30 membros, justificou a medida por ser prioritário ‘’pensar no próximo, na segurança e na saúde pública’’. Por esse motivo, não tencionam ‘’estar juntos fisicamente durante o período de suspensão dos ensaios’’. A responsável pelo conjunto afirma que o seu maior receio é que ‘’as tradições caiam no esquecimento’’, acrescentando ainda que a Covid-19 trouxe mudanças e que esta não é, ‘’de todo, positiva’’.

No mesmo sentido, as responsáveis pela tuna feminina do IPP,  Tuninfas, também decidiram suspender os ensaios.  Carolina Morais, presidente do grupo, explicou que a direção decidiu ‘’evitar os ensaios’’ de forma a proteger todos os elementos. Porém, continuam em contacto através de redes sociais – onde fazem videochamadas para resolver assuntos relacionados com a tuna. A presidente do grupo revela ainda que as Tuninfas ‘’sempre tiveram algumas dificuldades na inclusão de novos membros’’ por ser uma tuna exclusivamente feminina, mas que, mesmo em circunstâncias pouco favoráveis, algumas caloiras ‘’já fizeram a sua audição’’. Para Carolina Matos, é triste que os novos alunos não tenham a oportunidade de ‘’vivenciar todo o espírito académico que a cidade de Portalegre, a cidade dos amores, tem para oferecer’’.

Já o Grupo Académico Serenatas de Portalegre (GASP), constituído apenas por elementos do sexo masculino, continua com os ensaios, apesar de terem sido tomadas medidas recomendadas pela Direção-Geral de Saúde. Luís Diabão é o responsável pelo grupo e explica que existe a ‘’responsabilidade de desinfetar o local de ensaio e de estar distantes o suficiente para evitar contágios’’.

O grupo ensaia num espaço amplo e, por esse motivo, os seus elementos conseguem facilmente manter o distanciamento social – uma vez que são apenas treze.  Luís Diabão espera que a inclusão de novos estudantes seja ‘’feita a seu tempo’’ e que os alunos de primeiro ano possam assistir aos ensaios brevemente. O líder do grupo lamentou ainda que alguns dos eventos que tinham planeados tenham sido cancelados, mas tem ‘’a esperança de poder voltar a fazer serenatas às janelas ainda este ano letivo’’.

 

Autor: Adriana Zeferino

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