Tributo de Jornalismo reconhece trabalho de Leonete Botelho

A manhã de hoje, quinta feira, ficou marcada pelo tributo em Jornalismo atribuído à atual presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), Leonete Botelho.

Leonete Botelho contou que um dos trabalhos mais marcantes foi a cobertura da presidência da república, que diz “ter sido inesquecível”. A jornalista diz ter ainda ter vontade de realizar reportagens humanitárias em campos de refugiados, como os que existem em Moçambique.

“O assédio é um dos problemas que afetam o género feminino. É preciso estar muito alerta para isso e ninguém nos avisa”, refere Leonete Botelho. E acrescenta ainda que sente que há um retrocesso: “Noto que entre os anos 90 e hoje já houve tempos melhores para as mulheres. Houve uma altura ali entre os anos 2000 e 2010 que havia mais respeito”, afirma.

Sobre o seu atual cargo, Leonete diz estar surpreendida pela positiva: “É uma grande responsabilidade”. A profissional explica o papel da CCPJ, afirmando que este vai muito além dos trabalhos burocráticos: “Procuramos sensibilizar os novos e antigos profissionais do jornalismo a colocar em prática as normas éticas e deontológicas, dando ênfase à necessidade da separação entre o jornalismo e o entretenimento”. E acrescenta: “Não queremos televisões a reproduzir as imagens de massacres”.

Para Leonete Botelho há tanta boa, como má produção jornalística. Na maior parte dos casos a má qualidade está relacionada com a falta de deontologia, como é o caso das fake news: “O mais grave são as situações em que estas informações são utilizadas como manobras políticas”. Além da criação de notícias “chefes de estado como Donald Trump e como Bolsonaro chamam de fake news a todas as informações que são publicadas contra eles”.  Em jeito de conclusão a jornalista revela que a CCPJ, em conjunto com outras entidades, pretende atuar contra a proliferação das notícias falsas.

Autores: Beatriz Rocha e Thayna Bressan, Ofélia Lopes

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