Portalegre atrai cada vez mais alunos de Erasmus

Entre 2009 e 2016, o Instituto Politécnico de Portalegre recebeu 216 alunos no âmbito do programa Erasmus, 13 dos quais encontram-se atualmente a frequentar diversos cursos nesta instituição de ensino superior. O ano letivo de 2013-2014 foi aquele em que se registou o maior número de estudantes em Portalegre ao abrigo de programas de mobilidade, como mostra o gráfico.

 

O IPPortalegre tem acolhido alunos oriundos de diversos destinos da Europa, como se pode observar no mapa.

 

Um dos exemplos é Miltiadis Samanis, aluno de Ciências e Tecnologia Ambiental na Cyprus University of Technology e que estagia atualmente na BioBIP-Energy. Este aluno cipriota confessa que está a adorar a experiência: “A tecnologia na BioBIP-Energy é muito inovadora e com grande potencial. E os projetos em que estou envolvido são muito empolgantes. Assim, tem sido uma excelente oportunidade de crescimento pessoal e profissional tanto como cientista, como pessoa”, conta Miltiadis Samanis.

O aluno confessa que se sente em casa e que está a ser muito bem acolhido tanto pelos colegas como pelos professores. Mas destaca um aspeto negativo: “a maioria das pessoas não se sente à vontade em falar inglês”.

Apesar disso, o estagiário não teve qualquer problema em adaptar-se pois afirma que Portugal e Chipre são países muito semelhantes. “A crise económica afetou bastante os dois países e passamos pelas mesmas dificuldades. No que diz respeito às escolas, estas são muito parecidas porque têm preocupações em questões de natureza ambiental”, considera Samanis.

Quando questionado acerca da escolha por uma experiência no âmbito do programa Erasmus, em Portalegre, o estudante cipriota explica que o seu interesse nasceu quando conheceu Paulo Brito, diretor da ESTG: “O doutor Paulo Brito foi conhecer a minha universidade e apresentar os novos projetos em desenvolvimento na ESTG. Eu fiquei muito interessado com a demonstração e aproveitei a oportunidade para mostrar o trabalho desenvolvido por mim, o que o deixou muito satisfeito e por isso fui convidado a trabalhar cá”, recorda.

Chegar do outro lado do Atlântico

O IPPortalegre não acolhe apenas alunos de Erasmus. Neste momento, estão presentes três estudantes do Brasil, através de um intercâmbio. Duas delas são Roberta Panizio e Jéssica Painok, alunas de Engenharia Ambiental.

As alunas chegaram a Portalegre quase por acaso. Explicam que no processo seletivo do intercâmbio, só podem escolher o país para onde querem ir. A cidade é selecionada pela faculdade de origem.

Quando questionadas sobre a adaptação a um novo país, as alunas explicam que “as diferenças são muitas. Entre elas, a escola. No Brasil a quantidade de alunos é muito maior, mas as infra-estruturas da ESTG são muito melhores. A cidade aqui é muito pequena e tranquila, e estamos acostumadas com cidades maiores, onde há mais opções de lazer, mas a qualidade de vida aqui é muito melhor”, refere Roberta Panizio.

As estudantes afirmam que tiveram todo o suporte necessário e orientações dadas pelo IPPortalegre, mas lamentam o facto de os alunos do curso de Engenharia das Energias Renováveis e Ambiente serem poucos: “Somos basicamente só nós as duas em todas as aulas.”

Autor: Sara Medeiros

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