Comemorações do 10 de junho em Portalegre

Centenas de populares saíram à rua na passada segunda-feira, dia 10 de junho, para receber o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas Marcelo Rebelo de Sousa. Portalegre assistiu à Cerimónia Militar, que contou com a presença de 1500 militares dos três ramos das forças armadas, 80 viaturas e com o sobrevoo de 7 aeronaves, das quais, quatro F-16, um C-130, um C-295 e um P-3 CUP +.

Destaca-se a presença de uma representação militar dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), uma vez que Marcelo Rebelo de Sousa irá repartir as comemorações por dois países, Portugal e Cabo Verde.

Deste modo, entre os convidados que marcaram presença neste desfile, estava presente o Primeiro-ministro António Costa, o Ministro da Defesa João Gomes Cravinho e o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Chegado ao recinto das comemorações, Marcelo Rebelo de Sousa é recebido pelo Ministro da Defesa e também pelo Almirante Silva Ribeiro, chefe de Estado Maior e General das Forças Armadas e, entre aplausos por parte da população, vai acenando e cumprimentando todos aqueles que aguardavam a sua chegada.

Recebeu honras militares seguido do hino nacional “A Portuguesa” tocado pela Banda da Armada e uma salva de 21 tiros proferida pela Bateria de Salva do Regimento de Artilharia Nº5 da Brigada de Intervenção.

Marcelo Rebelo de Sousa passou revista às tropas em parada, a bordo de uma viatura que o aguardava em frente à tribuna presidencial. Durante a revista, a população aplaudia o Presidente da República e agitava bandeiras de Portugal.

Seguidamente foi feita uma homenagem aos mortos, um momento solene e de grande significado para todos os presentes. Nesta altura foi feito o sobrevoo das aeronaves F-16, em homenagem às pessoas que acabaram por falecer ao serviço de Portugal e das Forças Armadas. Foi ainda realizada uma prece pelo Capelão Chefe da Marinha, José Costa, posterior ao minuto de silêncio feito em homenagem às vítimas.

João Miguel Tavares, jornalista e natural de Portalegre, subiu à tribuna enquanto Presidente da Comissão Organizadora das Comemorações, e referiu a importância dos portugueses comuns e para aquilo que está mal no país. E fez questão de acrescenta que “o esforço compensa para as pessoas poderem ambicionar mudar de vida”.

Marcelo Rebelo de Sousa terminou o seu discurso com uma mensagem de esperança num futuro melhor para Portugal, mais justo, solidário e humano. Fez ainda questão de dizer que os erros e as indignações do passado não devem ser apagado. “Não temos complexos contra o nosso passado, todo ele, o melhor e o pior, foi Portugal e honramo-nos daquele passado”. Afirma que o futuro é o propósito e pede ainda para que o interior do país não seja esquecido: “Que esse futuro seja muito mais justo, muito mais solidário, muito mais humano”.

As cerimónias encerraram com o desfile das tropas em frente à tribuna presidencial, onde Marcelo Rebelo de Sousa assistiu juntamente com Eduardo Ferro Rodrigues e António Costa. Durante o desfile houve ainda o sobrevoo dos meios aéreos.

Dias diferentes nas ruas

Os dias antecedentes ao 10 de junho foram marcados por atividades militares complementares desenvolvidas pelos três ramos das forças armadas, no Jardim da Avenida da Liberdade e no Mercado Municipal. O primeiro-sargento Miguel Ferreira, da Força Aérea Portuguesa afirma que “no interior do país há mais curiosidade nas atividades porque normalmente as pessoas não podem ver os nossos meios de perto”. Realça ainda que “as pessoas têm gostado de estar connosco e mostram interesse ao fazerem perguntas e a tirar fotografias”.

No domingo, dia 9, Marcelo Rebelo de Sousa visitou as atividades militares complementares no Jardim da Avenida da Liberdade e no Mercado Municipal, posteriormente à cerimónia do Içar da Bandeira Nacional, junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, e falou à comunicação social, fazendo uma hamada de atenção para os portugueses esquecidos e para a dificuldade da interioridade e da desertificação. “Vejam como Portalegre vibra com esta ideia de não haver diferença entre Lisboa, Porto”, referiu.

O Presidente da República partiu ainda no dia 10, para Cabo Verde, continuando as comemorações do Dia de Portugal.

 

Autor: Ana Isabel Moreira

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