Internet "dá uma ajuda" à publicidade

O marketing comportamental e a publicidade on-line estiveram hoje, quarta-feira, em debate nas XIV Jornadas da Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP). Dois especialistas da área defenderam que a tecnologia está também ao serviço da publicidade.

A internet está ao serviço do marketing e da publicidade e "dá uma ajuda" na procura de nichos de mercado. No auditório da ESEP, que ficou completamente lotado, o debate de hoje, evidenciou uma publicidade cada vez mais dirigida a um público disposto a aceitá-la.

Cada vez mais, a internet dá a quem anuncia a possibilidade de conhecer o seu público-alvo. Domingos Pereira, da Worklovers - Consultoria e Formação em Marketing e Comunicação, começou por dizer que “o marketing comportamental permite que se tenha um conhecimento profundo sobre os interesses do consumidor”. Para este especialista, é muito útil entender gostos e prioridades do consumidor e “é através do seu comportamento que se percebe o que procura”. Domingos Pereira esclareceu que, “ antes de se pensar no lucro, é preponderante perceber aquilo de que o consumidor necessita.”

Já Ricardo Pereira, Business Manager e Administrador da "Elemento Digital", explicou que o consumidor deixa a sua identidade na internet. “Quando se quer encontrar algo recorre-se aos motores de busca”, começou por referir, dizendo depois que “essas pesquisas, deixam cookies e tags que explicam os gostos pessoais sobre o que mais se procura”.

Para este empresário, “essas informações são preciosas para quem pretende chegar ao público, sendo esse conhecimento determinante para o sucesso de uma determinada campanha”. No entanto, segundo o publicitário, “este tipo de marketing é também mais eficaz para o consumidor pois é oferecido aquilo de que realmente gostam e que desperta interesse”.

No final do debate Domingos Pereira defendeu que é o utilizador que "disponibiliza os seus próprios dados, por exemplo, nas redes sociais”. Ricardo Pereira, concordando com o seu colega de mesa, acrescentou ainda que “as fragilidades dos sistemas também ajuda a aperfeiçoa-los”.