É preciso valorizar a condição de freelancer Dossiês XXIX Jornadas da Comunicação 27 Março, 202527 Março, 2025 A falta de valorização do trabalho de freelancer na comunicação digital foi um dos principais tópicos abordados pelas oradoras do painel “Freelancers na sociedade: a revolução do trabalho independente” que decorreu no segundo dia das Jornadas da Comunicação. Inês Macedo, gestora de redes sociais e uma das oradoras do painel, considerou que a área em que trabalha não é valorizada, pois gostava que esse assunto deixasse de ser tabu e passasse a ser mais falado e desenvolvido. Salientou ainda que, em termos práticos, tem de haver uma sabedoria financeira para conseguirem a estabilidade necessária para uma boa qualidade de vida. Joana César, freelancer na área da comunicação, acrescentou que a parte financeira de ser freelancer é uma dificuldade, pois não é fácil ter acesso a informações suficientes sobre o tema, em particular no início da vida profissional. Ana Silva, criadora de conteúdos, falou sobre a inconsistência financeira ser uma dificuldade, referindo que se sente mais valorizada quando faz trabalhos internacionais. “O problema maior está mesmo cá, embora esteja evoluindo”, considerou a oradora. Por sua vez, Elsa Fernandes, consultora de marketing, aconselhou: “acho tentador aceitar todos os trabalhos com medo de que não venha outro trabalho a seguir”. Ainda no debate foram abordadas questões relacionadas com o uso da inteligência artificial na comunicação digital. Francisca Velho, gestora de redes sociais, disse que na sua área, esta ferramenta não pode ser usada em excesso, para não substituir o trabalho humano. Já Elsa Fernandes, discordou desta visão, pois considera que o impacto da IA é positivo porque poupa tempo e é uma “ótima ferramenta”. Ana Silva, não vê a inteligência artificial como uma ameaça, mas sim como um complemento. Lembrou que em certos conteúdos funciona muito bem, como por exemplo na personificação de certas personagens animadas. “Nenhuma inteligência artificial pode substituir o toque humano”, considerou. Autoras: Ana Pinto, Francisca Coimbra e Marta Borralho Fotografia: José Neves Share on Facebook Share Share on TwitterTweet Share on Pinterest Share Share on LinkedIn Share