O Campeonato Distrital de séniores da Associação de Futebol de Portalegre vai começar este fim de semana e irá ser disputado por seis equipas, um número que representa um recorde negativo de competidores.
O Campeonato Distrital de Futebol de Portalegre enfrenta um dos momentos mais desafiantes da sua história, marcado por um número reduzido de equipas em competição. Nesta temporada, apenas seis clubes se inscreveram, refletindo as dificuldades enfrentadas pelas associações locais, como a falta de recursos financeiros, a escassez de jogadores e o impacto da desertificação no interior do país.
A época 2024/25 já teve um dos três troféus entregues, a Taça de Honra foi vencida pelo Elétrico por 1-0 frente ao Clube Desportivo Portalegrense.

Este domingo, a competição mais importante, o campeonato distrital, vai dar o pontapé de saída numa altura em que todos os outros campeonatos distritais no país já se iniciaram. O começo tão tardio visa combater os efeitos do reduzido número de equipas a competir.
Os grandes favoritos à conquista da prova são o Clube Desportivo Portalegrense, o Mosteirense e o Elétrico. As três equipas já mostraram o seu favoritismo ficando nos três primeiros lugares da fase regular da Taça de Honra. O Portalegrense é a formação mais falada devido à sua parceria estratégica com a B SAD. Os restantes emblemas têm ambições de fazer uma boa prestação, podendo causar algumas surpresas, especialmente nos jogos em casa onde podem causar mais dificuldades como “underdogs”.
A equipa de Portalegre terá a oportunidade de se vingar do resultado da final da Taça de Honra na primeira jornada. O Santa Eulália vai deslocar-se até ao Gavião para defrontar a equipa dos Gavionenses. Os campeões em título, Mosteirense, vão começar a defesa do título na casa do Gafetense.
André Saião, jogador do Mosteirense, refere que o objetivo da equipa passa pela revalidação do título “Sabemos que este campeonato tem tudo para ser muito disputado, mas acreditamos em nós próprios para alcançar o objetivo do bicampeonato”. Sobre o reduzido número de equipas, o atleta sublinha que não existe nada que os atletas possam fazer para melhorar a situação atual. “Infelizmente é algo em que não podemos fazer nada, é uma situação muito complicada e que não se resume só ao futebol”.

Autor: Francisco Realinho