“O que podem fazer com o jornalismo (…) é pegar a mesma massa e transformá-la em coisas diferentes, porque o que importa aqui é o lado humano”, foi uma das reflexões apresentadas por Ana Sofia Paiva no workshop de Jornalismo Imersivo que deu finalizou o último dia das Jornadas da Comunicação.

Esta atividade interativa começou com uma pergunta por parte da oradora: “Qual emoji que nos define?”. Assim, o público foi levado a refletir sobre diferentes maneiras de expressar sentimentos que não só as palavras. Em seguida, a Ana Sofia Paiva apresentou o universo da realidade virtual e do som binaural, que cria uma oportunidade imersiva para diferentes públicos.

Para terminar, foi demonstrado na prática com o uso de um VR headset a perspetiva de uma pessoa que está a perder a visão, e também, o áudio 3D a partir de um microfone que capta som binaural.

Sobre o que a inspirou a começar a trabalhar o jornalismo imersivo, Ana Paiva respondeu “Tudo teve início no meu estágio, depois da licenciatura na rádio Covilhã. Foi aí que percebi que havia uma tecnologia imersiva – o som 3D, e neste caso o som binaural. Ora,  todos os dias andamos com headphones e porque não colocar uma experiência imersiva nos headphones. (…) Foi essa junção dos dois mundos que levou o meu interesse no jornalismo imersivo: dar uma nova experiência às pessoas através do som.”

O que mais a surpreendeu na sua caminhada: “Foi o som binaural e a sonificação de dados, que é basicamente transformar dados em som, são duas tecnologias que para mim são muito importantes, porque incluem pessoas que são invisuais ou que têm algum problema auditivo. Porque nós também temos de chegar a essas pessoas. O que tem sido mais surpreendente é ver as potencialidades que o som tem e que ainda pode vir a ter mais.”

E assim se deu mais um ano de Jornadas da Comunicação na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, com uma experiência que permitiu os estudantes entrarem em contacto com novas temáticas.

Autores: Camille Vizzoni e Emmily Gomes