“Há muitas mulheres que são jornalistas, mas poucas analistas” sublinhou Tomás da Cunha

Pela manhã, o segundo dia das Jornadas da Comunicação, começou com um debate intitulado “Da escrita à emoção: a arte de contar história no jornalismo desportivo”, com a moderação de Mariana Conceição. Participaram: o analista e comentador Tomás da Cunha; Liliana Pêgo, mestre em Media e Sociedade; Luísa Nogueira, jornalista do canal 11; e Maria do Carmo Cruz, atleta do Sporting Clube de Portugal.

A temática do debate focou-se nas questões de género no desporto e a presença feminina nos meios de comunicação. Luísa Nogueira afirmou que atualmente na sua redação existem mais mulheres do que homens.

Maria Cruz, não concorda com o cliché de que os homens praticam um desporto mais bonito de se ver, referindo que os espetadores não podem esperar um “estilo de jogo semelhante entre os dois géneros”. Liliana Pêgo ressalta que, embora os acessos ao desporto sejam iguais, existem mais constrangimentos no desporto feminino do que no masculino, principalmente nos escalões de formação, pois verifica-se uma desistência precoce das práticas desportivas apontando a falta de investimento e apoios como um dos fatores.

Tomás da Cunha destacou “a importância da criação de referências no desporto feminino”, de modo a impulsionar o interesse das gerações mais jovens pela prática desportiva, dando o exemplo de Kika Nazareth, atleta de futebol feminino.

Todos os oradores concordaram que estamos num bom rumo, mas que ainda é necessário continuar a desbravar caminho.

 

Autores: Daniel Pereira, Francisco Realinho e Guilherme Marques

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