Rir em tempo de crise

O tão aguardo debate “Humor na Publicidade: quanto vende um sorriso?”, encheu o auditório sem deixar lugares vagos. Num debate sobre Humor, os risos não podiam faltar. Houve animação em toda a plateia.

A temática “Humor na Publicidade: quanto vende um sorriso?” foi esclarecida pelos convidados Eduardo Camilo, Professor da Universidade da Beira Interior, e José Baço, Copy Writer da BY "new media_design_ambientes_advertising”.

Numa altura em que só se fala de crise, o humor continua a suscitar gargalhadas e a despertar o interesse. No entanto, "a experiência ensina que o humor é pouco eficaz...não tem o poder de afectar as pessoas a decidir por um certo produto", afirmou o convidado José Baço, acrescentando contudo que “nos dias que correm, se o Humor vender produtos, melhor…”.

O debate começou com uma apresentação de Eduardo Camilo. O professor destacou os tipos de humor: fático, emotivo, comercial e intertextual. Ilustrou o seu discurso com imagens e vídeos humorísticos, como anúncios da Apple, Pepsi, Reebok e Duracell.

Por outro lado, José Baço explicou os motivos do humor na publicidade, referindo alguns recursos usados na concepção dos anúncios. O convidado mencionou também alguns riscos deste género de publicidade. Por exemplo, usar personalidades nos anúncios pode ser perigoso, pois se a piada não for entendida, esta pode ser interpretada como ofensiva.

Após as apresentações, e respondendo a algumas perguntas do público, José Baço referiu: "Eu tenho a sensação que me Portugal não há muito humor na publicidade, mas há humoristas na publicidade...". Discordante, Eduardo Camilo referiu-se à rápida expansão da publicidade em Portugal, afirmou "... que em 20 anos Portugal vai apanhar o que o Brasil fez em 50...".

Os alunos estavam atentos, mas foram pouco participativos no debate que durou cerca de duas horas e meia.