Politéncico de Portalegre entre os mais procurados do país

O IPP foi o quarto instituto politécnico do país com maior taxa de colocação de alunos. Melhor só Leiria e Porto. As vagas para os cursos de Jornalismo e Comunicação e Serviço Social foram preenchidas logo na primeira fase de candidaturas. Resultados que deixam o presidente da instituição satisfeito, apesar de haver outros cursos que vão ser suspensos por falta de alunos.

Do universo de 723 vagas colocadas pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) a Concurso Nacional de Acesso para o actual ano lectivo, 676 foram logo preenchidas na primeira e segunda fases de candidaturas.
De acordo com informações fornecidas pelo IPP, após os resultados da segunda fase de candidaturas ao Ensino Superior, o instituto contabilizava uma taxa de colocação na ordem dos 94%, o que o torna no quarto estabelecimento público de ensino politécnico mais procurado do país.

O ranking em termos de taxas de colocação é liderado pela Universidade Técnica de Lisboa (98%), Universidade do Porto (97%), Universidade de Coimbra (94%) e Universidade do Minho (91%). No que diz respeito ao Ensino Superior Politécnico, o IPP, ficou “muitíssimo bem colocado no ranking nacional, porque foi apenas ultrapassado pelo Porto e por Leiria” (excepto as escolas de Saúde, Enfermagem e Artes), afirma o presidente do IPP, Nuno Oliveira relembrando que “estamos a falar de duas cidades com grande densidade populacional e com as quais Portalegre não pode concorrer”.

A nível nacional, o IPP conseguiu fixar-se na quarta posição na lista dos politécnicos. Os valores obtidos colocam-no “muito acima de outras instituições de ensino superior”. Ao nível do Alentejo, os resultados são igualmente satisfatórios. O Instituto Politécnico de Portalegre obteve valores na ordem dos 60 por cento contra os 54, 6 da Universidade de Évora e do Instituto Politécnico de Beja que obteve uma taxa de colocação de 35,8%.
Segundo estes dados, na primeira fase de candidaturas foram preenchidas 437 das 723 vagas disponibilizadas, sendo que dos 21 cursos que abriram, cinco ficaram preenchidos logo nessa fase inicial do Concurso Nacional de Acesso.

Jornalismo e Serviço Social no topo das preferências

Para este ano, as licenciaturas de Jornalismo e Comunicação, Serviço Social e Enfermagem foram as mais procuradas. Seguiram-se as licenciaturas de Enfermagem Veterinária (50 vagas), Animação Educativa Sócio Cultural (39) e Educação de Infância (30).

As quarentas vagas disponibilizadas para o curso de Jornalismo e Comunicação foram logo preenchidas na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso, sendo que trinta e cinco vagas existentes para a licenciatura em Serviço Social (que abriu pelo segundo ano consecutivo), foram também preenchidas nesta fase inicial do concurso nacional.

Das quatros Escolas Superiores pertencentes ao Instituto, a Escola Superior de Tecnologias e Gestão (ESTG) foi onde se verificou o maior número de vagas para a segunda fase, cerca de 190. Para Nuno Oliveira, “as dificuldades foram sentidas a nível de todas as Escolas Superiores de Tecnologia e Gestão do país”, justifica frisando que no ranking nacional, das 19 Escolas de Gestão, Portalegre ficou em 10º lugar, à frente de cidades como Lisboa e Coimbra.

Relativamente à segunda fase, das 385 vagas restantes, 151 foram preenchidas. À semelhança do que aconteceu na maior parte dos estabelecimentos públicos de ensino superior em Portugal, devido à sobra de vagas, o Instituto Politécnico de Portalegre decidiu abrir uma terceira fase. A abertura desta última fase de acesso é facultativa, cabendo essa decisão aos dirigentes dos estabelecimentos de ensino superior.
Para o ano lectivo de 2005/2006 o IPP disponibilizou cerca de 195 vagas destinadas à terceira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior.

Politécnico obrigado a fechar cursos

Mas, nem tudo são boas notícias para a equipa liderada por Nuno Oliveira. Se, em alguns cursos as vagas foram todas preenchidas na primeira fase do concurso há outros porém, que devido à fraca procura tiveram que ser suspensos. É o caso do curso de Engenharia Electromecânica, da ESTG, que este ano foi suspenso.

Já o curso de Engenharia Industrial e da Qualidade, da ESTG, colocou à disposição dos alunos 15 vagas, das quais teve apenas um único aluno colocado. “Recorde-se que também a Escola Superior de Educação, há sensivelmente três anos, pelos mesmos motivos, foi obrigada a fechar cursos como Educação Visual e Tecnológica e 1.º Ciclo Variante Ciências/Matemáticas”, lembra Nuno Oliveira.