ESEPJornal 10 Anos: Jornalistas de Portalegre destacam o trabalho dos alunos no ESEPJornal

No dia 21 de maio de 2002 foi publicada a primeira peça no ESEP Jornal Digital, intitulada Zona Industrial recebe Robinson no próximo ano” (http://www.esep.pt/jornal/modules.php?name=News&file=article&sid=40), da autoria de Marisa Morais. Após dez anos de notícias, todas elas produzidas por alunos do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação de Portalegre, o ESEP Jornal Digital saiu à rua, para perceber de que forma os meios de comunicação locais olham para o jornal.

Manuel Isaac, diretor do Jornal Alto Alentejo confessa que não conhece o ESEPJornal, mas que se lembra de um em papel, que atualmente não existe, intitulado “7 Portas”, também ele todo feito por alunos de Jornalismo.

Era um dia atarefado que se vivia na redação do Alto Alentejo, dia de fecho de edição, mas dois jornalistas deste jornal local, ambos ex-alunos do curso de Jornalismo e Comunicação, disponibilizaram-se para falar ao ESEPJornal.

Patrícia Leitão e André Relvas referiram-nos que conhecem o jornal. Patrícia Leitão disse-nos que “há muito que não o vejo, conheço o jornal mas enquanto estudante de escola. Não sei como é que está agora, na altura dá-me a sensação que tinha pouca periocidade, não servia sequer para mostrar o que se passava na escola”. André Relvas corrobora, dizendo que está igual.

Para estes ex-alunos, da área da Comunicação, o jornal devia servir mais os alunos de Jornalismo, devia ser mais dinâmico. Ambos concordam que é importante que o jornal seja feito pelos alunos. “Sem dúvida que é uma mais-valia que o jornal seja feito por alunos, é importante para os alunos poderem começar já a trabalhar em formato de jornal”, defende Patrícia Leitão.

No Fonte Nova, outro jornal local de Portalegre, encontrámos outra ex-aluna da ESEP, Manuela Lã Branca, que referiu igualmente o “7 Portas”, contando-nos que foi com a turma dela que ele surgiu, no segundo ano da licenciatura de Jornalismo, ainda com a duração de 4 anos. Manuela Lã Branca prefere o papel ao digital, mas conhece o ESEP Jornal Digital: “ainda há pouco estive lá, com colegas vossos que estão a fazer um trabalho, mas foi uma coisa em concreto”.

Abrir o jornal à comunidade

Relativamente ao jornal, menciona que “inicialmente era muito virado para dentro, era um jornal muito virado para a ESEP. Agora, neste momento, não sei como é que está, não sei se abriu as portas, se está mais direcionado para a população, se está mais inserido na comunidade”.

Para Manuela Lã Branca, o maior problema do jornal é não ser conhecido.“Há a necessidade de dá-lo a conhecer”. Refere que “o jornal deve continuar, mas talvez numa perspetiva mais aberta”.

Quando questionada sobre o facto de o jornal ser todo ele feito por alunos do curso, refere que “todo o trabalho prático, toda a componente prática, é importante. É uma mais-valia”. No entanto, é da opinião que o jornal “deveria ter alguns profissionais, porque só se aprende errando e só conseguimos perceber que erramos quando alguém nos diz que erramos, a supervisão do professor já não é má, mas não é suficiente”. Ressalva que se deve transportar a ideia do “7 Portas” para o digital.

No outro lado da cidade, mais acima do Hospital Distrital, encontramos a Rádio Portalegre. No ar, decorria o programa de discos pedidos, portanto descemos até à redação, sempre acompanhados pela emissão, que se ouvia de fundo.

Sentamo-nos à mesa com Gabriel Nunes, diretor de informação, que nos contou que conhece o ESEPJornal, através de pesquisas: “às vezes, faço algumas buscas na internet, sobre temas de Portalegre, algumas reportagens que são feitas a nível local e de vez em quando, deparo-me com algumas notícias do vosso jornal”. Refere que já participou duas vezes nas Jornadas da Comunicação e em conversas com alguns colegas, já falou sobre o jornal.

Sobre o trabalho do jornal, diz que “não posso falar muito, porque não estou muito por dentro, mas algumas reportagens que vi estão engraçadas, têm conteúdo. Acho que está um trabalho engraçado”.

Na opinião dele, é importante o jornal ser feito pelos alunos, “é uma mais-valia, porque no fundo passam o que aprendem da teoria para a prática. Vão trabalhando o que aprendem, são obrigados a fazer pesquisa, a fazer buscas, a fazer alguma investigação e tudo isso é importante para a formação do aluno enquanto futuro jornalista”.