Obras no Museu Municipal sem data para o arranque

Está demorado o início das obras de remodelação do Museu Municipal, que está fechado ao público há vários meses. As melhores previsões apontavam para a reabertura em 2009, mas já nem isso deverá ser possível. 

Ainda não há uma data para o início dos trabalhos de remodelação do Museu Municipal, que se encontra encerrado há vários meses não se sabendo, por isso, quando voltará a abrir as suas portas ao público. 

José Polainas, vereador da Cultura da câmara de Portalegre, afirmara que a reabertura do edifício aconteceria em meados 2009 mas agora admite que é muito difícil prever a altura em que tal ocorrerá, devido à necessidade de se combinar o projecto da obra com o plano museológico. 
Quem, actualmente, se dirigir ao museu encontra uma placa junto à entrada onde se lê: “Encerado temporariamente por motivo de obras.” No entanto, o início dos trabalhos de remodelação ainda não têm data para o seu início. 

O vereador da autarquia portalegrense explica que a fase inicial do projecto já está aprovada mas a obra ainda demorará a arrancar.

“O projecto da obra do museu tem duas fases: a obra em si e o plano museológico. O projecto da obra em si, do plano da reconstrução está feito. O concurso para a elaboração do plano museológico, a partir da ideia de um arquitecto ou conjunto de arquitectos está a decorrer ainda. Quando tudo isto estiver consolidado poderemos começar a obra”, disse José Polainas. 

O vereador afirma ainda que o museu só pode entrar na rede nacional de museus após a aprovação do plano museológico e, caso isso não aconteça, terá de ser suspenso o acto da obra. De momento, o que está a ser feito no museu é a manutenção das peças aí existentes que estão a ser embaladas, tratadas, desinfectadas e reabilitadas. Este processo demora muito tempo e é feito por empresas especializadas.
Depois da apresentação de propostas para a inclusão no plano museológico, e da respectiva aprovação, seguir-se-á o financiamento da obra.

O vereador da câmara de Portalegre lembra que “o museu tem décadas largas de existência o que explica todos os problemas graves que tem vindo a sofrer, tais como humidade, temperatura, infiltrações, que estão a destruir algumas partes do museu e que também estão a pôr em risco as peças.”

José Polainas acrescenta ainda que a autarquia pretende “repensar os Museus de uma forma acutilante. Queremos deixar de pensar nos museus como mostras estáticas. Queremos pensá-los numa perspectiva dinâmica o que nos obrigará a fazer um esforço fora do comum em termos do interior, em fazer com que as peças e colecções de arte que representam diferentes épocas, culturas e cidades não estejam sempre do mesmo modo.”