O negócio da música debatido por um “Cocktail de Idiotas”

Nesta terceira edição do “Cocktail dos Idiotas”, que se realizou quinta-feira, dia 3 de abril, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre debateu-se a influência do marketing na música. “O Marketing Ouve-se” foi mote para o debate organizado pelos alunos de Administração de Publicidade e Marketing da ESTG, que contou como convidados Ana Ventura, jornalista e comentadora da Sic Radical e Sic Mulher, Luís Nunes (Walter Benjamin), músico e produtor, Rui Lopes, Digital Account na Sony Music Portugal e António Freitas locutor na Antena 3.

Rui Lopes, Digital Account na Sony Music Portugal, que começou a carreira a vender discos, admite que “se olha para a música como um negócio”. Sobre os downloads ilegais Rui Lopes defende que “para a indústria é algo negativo”, contudo para o artista pode ser positivo: “É uma forma de divulgar mais o seu trabalho”. E conclui que “o marketing em Portugal é muito caro principalmente na área da música”. 

António Freitas, locutor da Antena3, contou que sempre sonhou trabalhar em rádio e foi aí que conseguiu entrevistar muitos dos seus ídolos. O locutor admitiu a sua influência na promoção de estilos de música como o heavy metal e o hard rock em Portugal, estilos de música com um público muito definido, no qual o marketing tem muito pouca influência.

“Desde que me lembro de ser gente gosto de música... Não sei existir sem música”, referiu Ana Ventura, jornalista e comentadora da Sic Radical e Sic Mulher, sobre a importância do gosto pela música no seu trabalho.

Já Luís Nunes, ou Walter Benjamin, como é conhecido, referiu que a música perde o seu romantismo quando se banaliza a imitação, e com a facilidade com que hoje se gravam álbuns. O músico, que encerrou o debate com uma atuação, contou que começou a sua carreira musical em Londres onde se tornou colaborador na editora Pataca Discos, que lançou o seu mais recente projeto a solo “The Secret Life of Rosemary and Me”.