Comércio de produtos regionais tenta resistir à crise

A atual crise económica afeta a todos e o comércio de produtos regionais e tradicionais no distrito de Portalegre não foge à regra. Apesar disso, ainda há quem resista a esses problemas e consiga manter os seus estabelecimentos abertos durante muitos anos.

Caso disso, é a Casa Má-Jó. Com 20 anos de existência, esta loja, para além da venda de produtos regionais e tradicionais do Norte Alentejano,  produz também compotas, groselha e rebuçados de ovos. Rebuçados estes que venceram no ano passado a medalha de ouro no 3º Concurso Nacional de Doçaria Conventual Portuguesa, na categoria de Rebuçados. O proprietário, Fernando Sardinha, sente falta de apoios e sente-se afetado pela crise, apesar de ainda existir quem procure este tipo de produtos, seja turista ou não. “O Alentejo em si é um potencial, só que deve ser mais bem trabalho pelas autoridades locais e nacionais” Ouvir áudio: Fernando Sardinha

Apesar disso, há quem se queira aventurar por novos caminhos e abra um novo estabelecimento, como é o caso de Sérgio Morais, proprietário da loja Frutos da Terra. Com apenas 2 anos de existência, vende produtos regionais e tradicionais, desde charcutaria a queijos da região. O proprietário expressa o seu desagrado quanto à movimentação na cidade, quer por parte dos habitantes quer por partes dos turistas, o que não ajuda nas vendas. “Em Portalegre neste momento não passa ninguém, principalmente na Rua do Comércio. Não há turismo” Ouvir áudio: Sérgio Morais

Sendo um novo estabelecimento ou uma loja com experiência no ramo, a crise afeta ambos. A falta de apoios ao turismo e o decréscimo do número de habitantes no distrito são também dos fatores que mais afetam o comércio tradicional portalegrense.