É uma falta de responsabilidade quando os famosos confirmam e não comparecem

O apoio dos alunos. Os anticorpos. Os famosos que comparecem. Os famosos que faltam. O orgulho. O sucesso. De tudo se falou no balanço que os ex-coordanadores das jornadas fizeram dos 10 anos de vida deste evento.

Os ex-coordenadores das Jornadas da Comunicação e antigos alunos da ESE reuniram-se no ultimo dia da edição deste ano para analisarem os 10 anos de vida do evento. Paulo Pedroso, coordenador da 5ª edição das Jornadas, recorda com saudade os momentos passados nas jornadas, principalmente do colega Duarte Ladeiras, que no seu entender foi o grande mentor e impulsionador das jornadas, sendo este que lhe incutiu o “gosto pela coisa”.

“Sempre tivemos a preocupação de trazer gente famosa na área do jornalismo e comunicação, pois são estes que fazem com que haja público”, referiu o coordenador das V jornadas.

Quem não concordou com esta ideia, foi Tânia Paiva, actual coordenadora das Jornadas, sublinhando que, “não devem ser somente figuras mediáticas, que devemos trazer para partilhar connosco algum conhecimento valioso”.

A grande ambição dos alunos quererem trazer às Jornadas os nomes sonantes nos campos do jornalismo e da comunicação, foi um ponto focado por Carlos Afonso, coordenador do curso de jornalismo e comunicação.
“Acho bem que os alunos tenham ambição mas é preciso ter contenção e tentar ser realistas evitando situações como a de Felícia Cabrita, jornalista do Expresso”.
O que lhe emociona mais, segundo ele, é saber que compareceu o Paulo Pedrosa das V jornadas de comunicação.

Os alunos foram unânimes ao afirmarem “que é uma falta de responsabilidade, quando os ditos famosos, confirmam a sua presença e não comparecem”.
As jornadas já têm o seu espaço próprio, enquanto existir o curso de Jornalismo e Comunicação, Carlos Afonso acredita que haverá sempre jornadas. As jornadas são praticamente uma instituição realizando-se consecutivamente há uma década, “dignificando o nome da ESE”, salienta Rita Gonçalves, da comissão da 7ª edição do evento.

A organização das jornadas, para além de “dar muito gozo” como referiu a ex-aluna, tem também os seus espinhos. “Os colegas não dão o apoio necessário”. É um fardo complicado de carregar, se ela corre bem é muito gratificante. “Ficamos com a sensação do dever cumprido” Porém, quando os convidados faltam, há debates que se cancelam, é “muito mau” confessa Tânia Paiva.

Uma linha no curriculum

Para Paulo Pedrosa “fica sempre bem mais uma linha no curriculum mas também, é importante começar a perceber como é a vida de um jornalista, passando assim as jornadas a estarem muito mais próximas da profissão”. A coordenadora das IX e X jornadas, Tânia Paiva, considera que “se cresce em relações humanas, pois, aprende-se a conviver mais de perto com os outros, ganha-se a capacidade de se desenrascar de certas situações e tudo o que se aprende no decurso das jornadas não há nenhum professor que consiga fazer-nos uma teste e avaliar”.

O único senão quando se assume cargos de liderança como o de coordenador de um evento como este é que de acordo com Paulo Pedrosa “cria-se alguns anticorpos”. “Há quem pense que só queremos protagonismo”, reforça João Picado, coordenador das 7ª jornadas.
O melhor momento das jornadas na óptica da coordenadora das X jornadas, são os cinco minutos que antecedem a sessão de abertura, onde é bem visível o orgulho e o empenho de todos.

As jornadas de comunicação não deviam acabar hoje. “Temos consciência que ficou muita coisa por fazer”, disse Tânia Paiva que lançou de imediato um desafio para a criação de um grupo na escola, em que, mensalmente trariam a debate um evento relacionado com o jornalismo e a comunicação.