ESEP candidata-se a três novos cursos

A Escola Superior de Educação de Portalegre (ESEP) concorreu a três novos cursos para abrirem no próximo ano lectivo. . “Até Junho saberemos quais os novos cursos que vão abrir”, esclareceu Albano Silva, presidente do Conselho Directivo.

Design das artes tradicionais, Comunicação organizacional e tecnologias da informação e Serviço Social são os três novos cursos propostos pela ESEP ao Ministério da Ciência e do Ensino Superior.

O primeiro curso pretende substituir o já encerrado curso de Educação Visual e Tecnológica e contará com 25 vagas. Comunicação organizacional e tecnologias da informação “têm muita saída”, garante Albano Silva, e “formação cultural geral e línguas”, contando também com 25 vagas. Por último, Serviço social, disponibilizará 28 vagas, “mas não temos muita esperança que abra, porque já é a segunda vez que vai a concurso”, disse Albano Silva.

Outra perspectiva, que ainda não foi proposta, é o curso de Informação turística. “Servirá para repensar o curso de Turismo e Termalismo, e vai ter dois ramos: guias intérpretes nacionais e promotores turísticos”, adiantou o presidente do Conselho Directivo.

Neste ano lectivo, apenas a ESEP, de todas as escolas do Instituto Politécnico de Portalegre concorreu a novos cursos. Caso algum, ou todos, não sejam aprovados, as vagas que lhes estavam destinadas serão destribuídas pelos cursos existentes. A ESEP vai ter de 50 a 70 vagas a mais no próximo concurso, a somar às 195 de 2003.

Formação a outros níveis

Este ano houve o primeiro mestrado na ESEP, “Educação: desenvolvimento local e mudança e social”. No próximo ano lectivo, vai abrir outro mestrado “na área de animação e do turismo”, adiantou Albano Silva.
A ESEP também concorreu a um contrato de programa sobre educação de adultos para os próximos três anos, que serve para a validação e reconhecimento de competências. Albano Silva explicou que “esta formação é para complementar o reconhecimento das competências, e tem vários níveis de aprovação”. Explicou ainda que “o ministério aprovou porque as Centros de Emprego só podem dar aprovação até ao 9º ano e nós podemos ir mais à frente”.

Também vai haver mais especializações, com duração de um ano. “É uma espécie de pós-graduação, mas não dá grau”, explicou Albano Silva.

Mais alunos dão mais despesa

Com um aumento significativo de alunos, a ESEP espera ter um aumento no Orçamento de Estado para o próximo ano. O último OE, para 2004, baixou 8% comparativamente ao de 2001, o maior de sempre. “A situação tem sido complicada de gerir. Este ano as propinas não chegaram para pagar os ordenados dos docentes”, disse Albano Silva. A escola conta com o orçamento de receitas próprias para as outras despesas. Adiantou ainda que “no próximo ano vamos gastar mais do dobro em livros para o Centro Documental (3800 euros, ao contrário dos cerca de 1400 euros do ano passado)”. A prioridade de aquisições vai para os cursos de Jornalismo e Comunicação e Turismo e Termalismo.