Presidente da câmara de Portalegre preocupada com impactos do chumbo do OE nas contas da autarquia

 

As quatro normas do Orçamento de Estado chumbadas pelo Tribunal Constitucional vão ter impacto nas contas da câmara de Portalegre o que está a deixar a presidente, Adelaide Teixeira, preocupada com a situação.

Ouvida pelo ESEPjornal Adelaide Teixeira, Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, afirma que este chumbo tem impacto directo sobre o Orçamento da Câmara. “O Orçamento da câmara municipal de Portalegre recebe transferências do Orçamento do Estado, transferências essas que não vão ser reforçadas” disse a autarca.

Para Adelaide Teixeira vai ser muito complicado encontrar medidas dentro do Orçamento para fazer face a este chumbo. “Obviamente para quem recebe é sempre agradável, mas a verdade é que ele entra, mas irá sair de uma forma ou de outra” realça a Presidente da Câmara em relação aos cortes no subsídio de férias dos funcionários públicos e pensionistas. Para Adelaide Teixeira “ter-se-ia evitado tudo isto se tivéssemos em conta a actual situação do País. É evidente que o Tribunal Constitucional é soberano e as leis são para se cumprirem”

Para combater estes cortes, Adelaide Teixeira, pondera que haja uma diminuição dos subsídios, afirmando que tem de ter no orçamento uma verba necessária para pagar os subsídios e deverá ainda haver medidas para reduzir a despesa.

Questionada sobre o eventual despedimento de funcionários públicos, Adelaide Teixeira garante que “este executivo não irá despedir ninguém”. “O que acontece é que os funcionários têm contratos a termo que estão a terminar e não vão ser renovados”, disse.

A Presidente da Câmara de Portalegre deixa ainda um conselho aos políticos, considerando que “ nós temos que nos preocupar cada vez mais com o País. Os políticos têm que perceber que é nestas alturas que têm que ter uma visão estadista e não de politiquice. Ou seja, devem estar unidos para resolver o problema do País que é um problema, extremamente, grave”.