Cerejas de S. Julião expandem-se a nível nacional

As cerejas de S. Julião, produzidas no concelho de Portalegre, são consideradas um produto de qualidade certificada e alcançaram já o mercado nacional. Um sabor que Jorge Sampaio já fez questão de provar.

As cerejas de S. Julião produzidas na freguesia com o mesmo nome, no concelho de Portalegre, são já um símbolo da região espalhado pelo país.
Trata-se de um produto, que obteve a qualidade certificada, cultivado na propriedade do Salto da Pega, em Monte Sete, com cerca de 20 hectares onde se encontram nove mil cerejeiras.

O sucesso deste fruto já ultrapassou as fronteiras do distrito de Portalegre e hoje é possível adquirir estas cerejas no MARÉ, mercado abastecedor de Évora, e no MARL, mercado abastecedor de Lisboa.

A herdade é visitada por muitas pessoas que apreciam o produto. Muitos dirigem-se até lá para o adquirir. Durante a sua visita ao Parque Natural da Serra de S. Mamede, Jorge Sampaio fez questão de conhecer o local e provar as cerejas de S. Julião.

Trata-se de um negócio de família, que emprega cinco pessoas ao longo de todo o ano. Durante a época da colheita das cerejas, entre meados de Maio até quase ao final de Julho, é necessário recrutar mais trabalhadores pois as encomendas são muitas.

No final de Julho e durante o mês de Agosto é efectuada a poda das cerejeiras e em Setembro é feito o primeiro tratamento com cobre, para prevenir a queda das folhas.

Durante os meses de Inverno são efectuados tratamentos específicos e em Janeiro são aplicados os herbicidas. Este ano a colheita sofreu alguns problemas, pois as chuvas de Maio afectaram a produção. Além dos prejuízos que estas chuvas causaram, foi necessário recrutar mais empregados do que habitualmente, pois como referiu o proprietário da herdade, João Reia, “é necessária mais mão-de-obra já que é necessário fazer a escolha das cerejas, tornando-se o processo mais demorado, tanto na apanha como na escolha no armazém”.

Entre as nove mil árvores que existem na herdade, encontram-se quatro qualidades de cereja, a «Burlat», a «Van», a «Smith» e a «Sweatart», todas com características diferentes.

Com as cerejas de S. Julião é também fabricado um licor, através da deposição do fruto em aguardente. Para a fábrica Sequeira’s, em Santo António das Areias seguem estas cerejas, onde é produzido um licor sob a marca «Maruán».