ESEP discute paralisia cerebral

 

Ultrapassar o estigma da discriminação é um dos principais desafios dos pais de crianças com paralisia cerebral referiu Carla Batista cuja filha, de 24 anos, é “99,9% dependente”, durante a conferência dedicada ao tema que decorreu no âmbito da II semana “Somos todos especiais – Agir para Incluir” promovida pelos alunos do curso de Serviço Social da ESEP.

Clara Batista afirmou que a nível social é muito complicado ter uma filha com uma deficiência, na medida em que ainda existe muita discriminação para com estas pessoas o que torna difícil o processo de integração. “Não posso ir passear com ela a um parque porque as pessoas ficam a olhar e a comentar e isso é algo que me incomoda muito”. Esta é uma situação, admite Carla Batista, muito difícil de lidar e que provoca um desgaste físico e psicológico para além do preconceito social.

Clara Batista confessou que quando nasceu a filha teve que procurar ajuda profissional para ultrapassar aquela primeira fase, porque a filha só pode contar com ela e os irmãos uma vez que o resto da família vive muito longe. Apesar das dificuldades, Carla Batista não hesita: “ela ensinou-me a amar incondicionalmente e tornei-me numa pessoa mais humana”.

Para casos como este, a APPACDM tem-se assumido como uma importante ajuda. “É muito importante porque podemos contar com apoio de profissionais e está inserida num ambiente onde ela sente mais a vontade e onde não sofre qualquer tipo de exclusão” reconhece Carla Batista.

Ana Gaspar, assistente social da APPACDM, referiu que a associação presta um conjunto alargado de serviços como seja o Lar Residencial e Residências Autónomas Para esta técnica, trabalhar numa instituição deste género “não é impor as nossas próprias ideias, mas sim criar uma necessidade de mudança nas pessoas”.