Jornalistas querem melhores condições de trabalho no estádio

A falta de condições para o trabalho dos jornalistas é cada vez maior no estádio Professor Eduardo Lima, em Portalegre. Os repórteres queixam-se e a câmara diz que está a resover o problema.

Os jornalistas de Portalegre queixam-se de que as condições de trabalho para os órgãos de comunicação social no Estádio Professor Eduardo Lima não são as mais adequadas. A câmara de Portalegre prometeu a resolução do problema, mas até à data nada foi feito. O estádio tem 17 anos e o facto de não ter sido construído com instalações adequadas para a imprensa fez com que surgisse um problema que se arrasta há bastante tempo. A Rádio Portalegre é o órgão de comunicação local mais afectado, pois a ausência de boas condições para os jornalistas dificulta o trabalho dos repórteres. José Nabo, da Rádio Portalegre, considera que os problemas começaram logo na construção do edifício. “O estádio tem várias deficiências, é como tudo o que se faz neste país, depois de estar feito é que se chega à conclusão que as coisas estão mal feitas”, diz aquele radialista. Nos jogos de futebol, a situação é remediada com uma mesa e cadeiras que são levadas na hora. No inverno, a chuva e o vento tornam as condições para os jornalistas ainda mais difíceis. “O facto da traseira da bancada ser aberta, com o vento, os equipamentos levam com a chuva, falamos de equipamentos eléctricos, as condições são zero”, refere José Nabo, que propõe uma solução: “Um camarote colocado no centro do campo e não no extremo da bancada do lado direito”.

A câmara municipal de Portalegre garantiu que o problema vai ser resolvido rapidamente. “As coisas levam tempo. Não é de um dia para o outro, ainda por cima com a crise, que se fazem obras e que se compra material”, reconheceu Pedro Barbas, responsável pelo departamento de desporto, da autarquia de Portalegre que responsabiliza o autor do projecto pela falha cometida.

Apesar de não haver avanços quanto às alterações no estádio, a Câmara admite que a situação dos jornalistas é difícil. “Nós temos muita pena dos senhores, que vão para lá apanhar chuva, frio, porque é verdade, vão para lá apanhar chuva e frio. Mas têm que dar tempo ao tempo. A coisa há-de se resolver”, disse Pedro Barbas acrescentando que “é importante, que a comunicação social faça o seu trabalho com dignidade e como deve de ser.”