Pequenas gráficas de Portalegre estão a desaparecer

Os tempos não estão fáceis para as pequenas gráficas de Portalegre. Com as novas tecnologias o trabalho tem diminuído e há cada vez menos gente a viver do ofício

As novas tecnologias estão a ameaçar a sobrevivência das pequenas gráficas comerciais de Portalegre, cuja falta de trabalho tem obrigado, ao longo dos tempos, ao despedimento de funcionários.

Joaquim Flores, funcionário de uma gráfica em Portalegre, queixa-se das novas tecnologias que têm roubado trabalho às gráficas. “Às próprias finanças, convém mais o trabalho estar em computadores do que em livros”, diz. A Direcção de Finanças de Portalegre explicou que “não recorre às empresas do distrito por imperativo superior, todos os impressos e livros utilizados são requisitados aos serviços centrais em Lisboa, isto é, via imprensa nacional.” No entanto poderá recorrer às gráficas locais, para serviços pontuais.

A gráfica “Ingrapol” , onde trabalha Joaquim Flores, já existe há 40 anos. Desde que ali exerce funções nota que “a tecnologia nova está a acabar com estas casas.” “Em vez de mandarem fazer os trabalhos às gráficas, os próprios computadores resolvem essa situação”, refere Joaquim Flores. O funcionário diz que inicialmente trabalhavam na gráfica 20 pessoas e que actualmente só estão ao serviço ele e o patrão.

A compilação de recibos e a elaboração de facturas, cartazes e outros desdobráveis são alguns dos trabalhos que ainda são requisitados às pequenas gráficas.