Comunicação como forma de intervenção social marca início das aulas de mestrado

Na passada quarta-feira decorreu, no auditório da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, a aula inaugural do mestrado de Média e Sociedade. A apresentação realizada por Maria José Brites, professora da Universidade Lusófona do Porto, teve como tema central “Comunicação como forma de intervenção social”.

Segundo a docente, “este é, talvez, um dos tipos de comunicação menos debatidos” e, como tal, é importante que seja estudado e analisado nos cursos das ciências da comunicação. No que toca a Portugal, a comunicação como forma de intervenção social ainda é uma área relativamente nova.

Um dos projetos em que a docente está envolvida é o Radioactive, que visa ocupar jovens de comunidades em risco de exclusão do ensino devido à falta de aproveitamento. Neste caso concreto, há a oportunidade para estes jovens participarem em atividades ligadas ao jornalismo, nomeadamente através de programas de rádio. Para além disso, existe também a hipótese de escreverem peças jornalísticas, o que contribui para uma melhoria das capacidades de escrita e de linguística. Para além de Portugal, este programa está a ser implementado também no Reino Unido, Malta, Alemanha e na Roménia.

Uma das características do Radioactive é o facto de este programa ter uma forte componente social, abordando diversos temas, que vão desde desporto até programas sobre educação e que segundo a convidada: “foram dos programas mais expressivos, juntamente com um especial acerca do 25 de abril”. Devido ao contexto em que estas emissões são feitas, não existe qualquer regularidade na produção das mesmas, algo que não acontece nas rádios tradicionais.

Os programas de rádio feitos no âmbito deste projeto podem ser consultados em dois sites, um europeu e outro nacional: radioactive101.eu e pt.radioactive101.eu, respetivamente.

 

Autor: Rui Godinho

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