Dificuldades na cobertura do ciclismo no centro do debate

No terceiro debate do dia falou-se de jornalismo desportivo. Na mesa estiveram Rui Lavaredas (TSF) e Fernando Emílio (A Bola), Bruno Ferreira (TVI) e Bruno Pires, ex-ciclista profissional.

Os jornalistas falaram sobretudo sobre as dificuldades na cobertura jornalística do ciclismo. Fernando Emílio, um dos jornalistas de ciclismo com mais anos de experiência em Portugal, começou por dizer que “o ciclismo continua a ser uma das modalidades mais queridas dos portugueses”, no entanto, a maioria dos seus admiradores, hoje, segue a modalidade via internet. Bruno Ferreira justificou esse fenómeno com os custos: “Na televisão o ciclismo é, provavelmente, uma das modalidades mais caras de produzir, custa cerca de 40 mil euros por hora”. Bruno Pires, ex-ciclista, sublinhou que “Portugal é um país de futebol, porque é o desporto mais transmitido”. Rui Lavaredas, jornalista da TSF, e ex-aluno da ESECS, apresentou três fatores para justificar a pouca adesão do público ao ciclismo “o dopping, a falta de clubes e o trânsito”.

Os jornalistas salientaram, contudo, a parte positiva da cobertura jornalística do ciclismo. Bruno Pires e Rui Lavaredas destacaram a proximidade com as pessoas e o “espírito familiar”.  Lavaredas partilhou com o público vários trabalhos de reportagem onde esta proximidade com os corredores é visível.

 

Autores: Eliane Gomes, Joana Simão e Lígia Neves

Topo