Docentes destacados regressam à escola

Os professores requisitados ou destacados pelo Ministério da Educação vão voltar a leccionar, anunciou David Justino, que pretende ainda encerrar as escolas com poucos alunos.

Cerca de 1500 professores requisitados e destacados pelo Ministério da Educação (ME) vão ser “devolvidos” às escolas. Uma iniciativa que pretende, não só reformular a pasta da Educação como tornar o ensino mais rápido e eficaz. Na tomada de posse da nova Direcção Regional de Educação do Norte, David Justino afirma que os professores em questão são igualmente necessários no ministério e nas escolas, sublinhando, no entanto, que “a administração educativa precisa de recentrar os seus recursos no que é fundamental, sacrificando o que é acessório”. Como alternativa aos cargos ocupados pelos docentes, o ministro refere que podem ser desempenhados por técnicos especializados, mas com orientação de professores.

Em declarações à Lusa, David Justino considera ainda existir um excesso de requisições e destacamentos no ministério, levando a uma burocracia “asfixiante”. Por forma a combater esta situação, o ministro promete para os próximos meses uma mudança na administração educativa. Os sindicatos parecem estar de acordo com esta medida, mas garantem que os docentes que se encontram nesta situação têm contratos que lhes asseguram um lugar nos estabelecimentos de ensino. Por outro lado, lembram também que o facto de transferirem os professores de volta à escola não pode criar quadros de excedentes.

Escolas com poucos alunos vão ser encerradas

Outra das propostas que o Ministro da Educação defende é a “racionalização da rede escolar, em especial a do primeiro ciclo”, já que 27 por cento das escolas do ensino básico têm menos de dez alunos, reflectindo-se no insucesso escolar. Como medida, David Justino pretende encerrar alguns estabelecimentos da rede pré-escolar por esta “já apresentar sintomas idênticos”. “Teremos de desenvolver um trabalho de sensibilização das populações para este problema, ao mesmo tempo que se impõe aprofundar o esforço de concertação com as autarquias”, referiu.