A escolha por Portalegre

“Espero que este curso me proporcione as ferramentas necessárias para desempenhar, da melhor forma, o meu papel como futura jornalista”, afirmou Daniela Silva, aluna do 1º ano de Jornalismo e Comunicação.

Ao longo dos vinte anos do curso, vários foram os jornalistas de renome que se formaram na Escola Superior de Educação, aumentando, desta forma, o prestígio que o curso de Jornalismo e Comunicação acarreta. Devido a este motivo, “era uma instituição que já me tinha sido recomendada, pela qualidade do seu ensino”, explicou a aluna.

Contudo, quando se aborda o curso de Comunicação Social, muitas vezes as atenções recaem para a Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, esquecendo que existem outras igualmente boas. No entanto, sem fazer comparações, as opiniões divergem, quando se aborda o tema.

A Escola Superior de Comunicação Social foi a primeira opção de alguns dos alunos, uma vez que tem um “grande prestígio a nível nacional”, declarou Inês Sousa, aluna do 1º ano de Jornalismo e Comunicação. Sendo assim, “inscrevi-me na ESEP, visto também possuir um curso idêntico e com igual prestígio”, continuou. “Infelizmente as médias aumentaram e entrei na minha 2ª opção, a ESEP”, concluiu Daniela Silva. As duas alunas foram “obrigadas” a deslocar-se das suas áreas de residência. Com mais ou menos dificuldades, ambas estão a 200 quilómetros das suas habitações. 

O único entrave que os alunos prevêem são “os equipamentos que a Escola coloca à disposição dos alunos”, afirmou Inês Sousa. Estes deviam ser “mais actuais e capazes de corresponder de uma melhor forma às necessidades básicas dos alunos”, como é o caso de uma internet mais rápida, de computadores mais modernos e de equipamentos audiovisuais de qualidade superior.

A escola e o próprio Instituto Politécnico são compostos, na sua maioria, por alunos do Alentejo, mais propriamente do distrito de Portalegre. Talvez a culpa seja da crise, pois acabam por condicionar os próprios alunos a vivenciar a experiência académica. Fábio Duarte, aluno do 1º ano de Jornalismo e Comunicação, apresenta a perspectiva de um residente na cidade. “Candidatei-me por várias razões, nomeadamente pelo facto de as instalações estarem situadas onde vivo e de, assim, ser mais acessível de um ponto de vista financeiro”.

Apesar de não ter sido a primeira opção de muitos dos alunos, Portalegre surpreendeu-os. Aceitaram o facto de terem entrado numa  Escola Superior e admitem que a cidade recebeu-os bastante bem. O director da Escola Superior de Educação e os professores responsáveis pelo curso “demonstraram-se sempre disponíveis”, completou Daniela Silva.