Portalegre aposta nas energias renováveis

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Portalegre  alberga uma central piloto de biomassa, uma das poucas a nível mundial, e que no futuro poderá vir a produzir energia eléctrica.

Esta central, financiada por fundos europeus, surge de “uma aposta de desenvolvimento da escola e do departamento na área das energias renováveis”, esclarece Paulo Duque de Brito, professor na ESTG e responsável pelo projecto.

Os gases estudados na central são obtidos através de matérias-primas que podem incluir resíduos florestais ou agrícolas. No futuro pretende-se que os produtores aproveitem e potencializem os seus excessos agrícolas, encarados como “lixo”, transformando-os em energia.

Luís Calado, investigador da central de biomassa, explica no que este projecto diverge dos restantes. “Esta central é das poucas no Mundo, em escala piloto. O que a distingue é o facto de termos um leito de areia que funciona como catalisador e que provoca uma melhor combustão entre o ar e o combustível, que neste caso é a biomassa”.­

Artur Santos, estudante de mestrado em engenharia da energia e ambiente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, tem como tema de tese este projecto no Alentejo. “Eu escolhi esta central porque é inovadora quanto à forma de aproveitar a energia da biomassa, que de outra maneira seria desperdiçada”.

O futuro da central passa por uma parceria na área da gaseificação térmica de resíduos com um conjunto de empresas e indústrias da região.

Embora os estudos dos gases produzidos estejam no bom caminho, a central de Portalegre “ainda não produz energia, porque ainda não foram atingidos os resultados pretendidos”, elucida Luís Calado. Tal poderá vir a acontecer brevemente.

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