Mau tempo degrada instalações da CerciPortalegre

Os invernos rigorosos de frio e chuva intensa têm vindo a degradar o edifício onde há 32 anos funciona a CerciPortalegre pondo em causa o conforto e o bem-estar dos utentes.

Conceição Bagina, tesoureira da direção da associação portalegrense, alerta para a necessidade de novas instalações, pois “é impossível continuar a viver assim”. O edifício, que data do século XVI, apresenta paredes espessas que, de ano para ano, se tornam mais permeáveis, permitindo assim que a humidade repasse para o interior.

“As fragilidades e infiltrações vão sendo cada vez mais”, conta. O isolamento das janelas encontra-se também degradado, deixando repassar o vento frio e a chuva. “Uma regueira aqui, outra ali”, é assim que Conceição Bagina descreve a situação vivida que, cada vez mais, compromete a comodidade dos que ali vivem.

Por todas estas razões, e por considerar que a situação já se encontra para lá da barreira das necessidades básicas, a tesoureira deseja que este seja o último inverno vivido nas instalações atuais.

No entanto, sublinha que o desenvolvimento de atividades é sempre assegurado, tendo em conta que o leque de salas é suficiente para garantir que, em pelo menos uma, haverá condições de trabalho. “Isto está mesmo saturado e estamos no limite. Embora não seja situação que atropele o nosso desenvolvimento imediato, é preocupante.”, lamenta.

A manutenção exterior do edifício, como a limpeza do telhado, é um trabalho que fica à responsabilidade da Câmara Municipal de Portalegre. Ainda assim, não existem outras ajudas e a crise também se faz sentir na associação da cidade alentejana.

A falta de manutenção regular, para além de pôr em causa o bem-estar, leva a que a exigência do que é pedido cresça de inverno a inverno. “O que se pede agora não era o que se pedia há 30 anos. Se não há uma atualização, as exigências vão sendo cada vez maiores”, conta Conceição Bagina.