ESE recebe “publicidade ilícita”

A um dia da comemoração do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o auditório da ESE acolheu um debate sobre “Publicidade ilícita”, na passada segunda-feira, o primeiro dia das XX Jornadas da Comunicação. Helena Guerra , da Associação para a Defesa do Consumidor (Deco), revelou que 59% dos inquiridos não confiam na publicidade, 89% acha que a publicidade tem o poder de manipular as pessoas e 54% não acredita nos anúncios publicitários que vê. Contrariamente, 29% dos inquiridos gastam mais de 164€ do seu orçamento devido a anúncios e que 53% compraram algo com base na publicidade, no último mês. O inquérito foi feito a 781 pessoas escolhidas aleatoriamente. A mesma representante da Deco comentou que em 93% dos casos, a publicidade leva que as crianças peçam coisas que não precisam e que a faixa etária mais idosa acredita mais facilmente nos anúncios enganosos.

Os consumidores revelam-se adeptos de uma nova regulamentação para a publicidade, com objetivo de combater vários problemas de saúde como diabetes, colesterol e obesidade infantil, visto os inúmeros anúncios publicitários a cerca de comida.

Já Gisela Serafim, Chefe da Divisão de Publicidade da Direção Geral do Consumidor (DGC) defendeu: “O consumidor somos todos nós”. E no sentido de contribuir para o respeito dos seus direitos foi criada a Lei de Defesa do Consumidor, já que a publicidade deve sempre respeitar a verdade  Mara Constantino, também da DECO, referiu que o número de queixas tem aumentado, o que “é positivo, pois o consumidor está cada vez mais atento aos seus direitos, daí apresentar queixas com mais frequência”. A publicidade porta a porta ou através de telefone e internet, diz Mara Constantino, parecem ser fruto da “necessidade económica e pode lesar os interesses dos consumidores”, pois existem cada vez mais “falsas empresas” a tentar burlar o consumidor através deste tipo de publicidade.