Zona Industrial recebe Robinson no próximo ano

Aumento da produção e evolução do design fazem parte dos planos

Após quinze anos de “indefinições estratégicas” a empresa corticeira Robinson vai finalmente mudar de instalações para o Parque Industrial de Portalegre.

Contactada pelo ESEP Jornal Digital, a empresa garante que estão reunidas todas as condições para que a mudança se concretize. “A Robinson tem todas as forças juntas para dar esse salto, só precisamos da última decisão do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, (IAPMEI)”, afirmou José Serrano, da direcção técnica e comercial.

O projecto da nova Robinson tem cerca de três anos e irá custar 9.975 mil euros. Com uma quota actual de mercado na ordem dos 35 por cento, a fábrica pretende racionalizar a produção e reorganizar-se internamente apostando na qualidade.
“Os produtos que dominam o mercado nacional são produtos de gama baixa, esses não nos interessam já que os nossos produtos são todos certificados. Pretendemos aumentar a produção em mais 30 por cento e para isso vamos aumentar a gama, evoluir no design e aperfeiçoarmo-nos qualitativamente” acrescenta.

Os períodos difíceis, as contingências de mercado e produtos, o empobrecimento e a falta de meios, “razões que condicionaram uma decisão atempada”, parecem estar ultrapassadas. “O novo executivo camarário vai dotar a Robinson das plataformas necessárias à mudança e conseguir os apoios que estiveram condicionados pela anterior gestão camarária”, afirma José Serrano.

Aos 220 trabalhadores cujos vencimentos a direcção garante estarem actualizados, resultado “de uma gestão controlada, responsável pela amortização significativa do passivo”, irão juntar-se também os novos quadros e principais clientes da empresa: Japão e Estados Unidos. Quanto ao futuro do mercado cortiçeiro, José Serrano não tem dúvidas em afirmar que “a cortiça é um mercado excepcional cujo futuro dependerá apenas de um abastecimento harmonioso e da preservação da montada já que é muito fácil obter a matéria prima”.