Certificado retira placas eléctricas da Residência

O certificado de Qualidade vai ser implementado na Residência de Estudantes dos Assentos a partir de 2007. Uma primeira intervenção por parte do IPP foi a retirada das placas eléctricas da residência o que está a indignar os estudantes que compreendem a medida, mas não gostam. O IPP explica que é em nome da segurança.

As placas eléctricas da Residência de Estudantes dos Assentos foram retiradas pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) no início deste ano lectivo devido à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade . Os alunos residentes estão indignados com a situação porque era a única forma de cozinhar nas residências e agora têm de recorrer ao refeitório.

“Sou madeirense e neste momento sinto-me limitada. Se eu fizer as duas refeições no refeitório da escola ao fim do mês são 80 euros, o que é muito dinheiro para um estudante”, afirma Maria Ponte.

No âmbito desta certificação, a residência foi previamente revista e vários problemas foram detectados na ordem da segurança. “A estrutura da residência não permite que se cozinhe. Nós compreendemos os alunos e sabemos que esta medida muda o quotidiano deles, mas neste momento o IPP ainda não tem recursos financeiros para intervirmos”, explica Isabel Mourato, responsável pelas residências do IPP.

Qualidade e Segurança

A implementação deste certificado visa identificar e eliminar as imperfeições no âmbito da qualidade e segurança.

O Sistema de Gestão da Qualidade é regido de acordo com o referencial normativo ISO 9001:2000 que tem como principal objectivo a melhoria contínua, neste caso da residência.

“Eu compreendo a decisão do IPP mas a alternativa do refeitório foi mal pensada. Ao fim de semana os autocarros são escassos. Quando tenho aulas até às 20 horas, tenho que apanhar um autocarro para a ESE e muitas vezes já nem há comida em condições. Estamos longe de casa e queremos condições”, continua Maria Ponte.

Segundo Isabel Mourato, o IPP anda à procura de soluções “e achamos que as soluções pontuais não são a melhor saída. Enquanto não houver verbas os alunos terão que ter paciência”, finaliza.