Portalegre dispõe de serviços municipais online de alto nível

Portalegre ocupa o nono lugar do “ranking” de serviços de governo electrónico disponibilizados pelas cidades portuguesas. A autarquia disponibiliza alguns serviços na Internet para descentralizar os processos. A população já começou a aderir e a participar no portal.

O município de Portalegre encontra-se em nono lugar no “ranking” das cidades portuguesas que apresentam mais e melhores serviços municipais online, de acordo com um estudo elaborado pelo Instituto de Empresas de Madrid, que analisou os serviços de governo electrónico, “e-governement”, oferecidos por 39 cidades e municípios portugueses.

Em avaliação estiveram 16 serviços agrupados em cinco categorias: Presença na Internet (informação institucional dos municípios), Informação Urbana (disponibilização de mapas e informação de transportes públicos), Interacção com o cidadão (contactos de e-mail e telefone), Transacção (“download” de impressos, possibilidade de pagamentos on-line ou acompanhamento de diversos processos) e e-Democracia (fóruns de discussão, blogues, sondagens, chats).
A Câmara Municipal de Portalegre possibilita aos munícipes, no seu site, a consulta de processos de obras mediante um sistema seguro e pessoal, preenchimento, impressão, assinatura, envio de requerimentos e consulta de informações actualizadas sobre os mais diversos assuntos.

Por outro lado, há dois meses, a autarquia arrancou com um projecto que visa descentralizar alguns processos para as Juntas de Freguesia, que já estão preparadas para preencher e enviar estes processos, sendo o resultado remetido, posteriormente, para a residência dos cidadãos.

“As pessoas ainda não estão muito habituadas a estas novas funcionalidades, mas aos poucos chegam lá. O Governo já está a habituar as pessoas ao IRS e à Segurança Social on-line”, disse Pedro Monteiro, Técnico Informático da câmara de Portalegre e responsável pelos serviços informáticos da autarquia.
Monteiro considera que as câmaras ao disponibilizarem estes serviços via Internet “também estão a dar uma forcinha e aos poucos chegamos lá, mas ainda há muita coisa para fazer”.

Para José Esteves, responsável pela elaboração deste estudo, muitas das cidades oferecem serviços municipais online de alto nível, mas não disponibilizam outros serviços básicos ou não actualizam a informação regularmente, tais como Barcelos, Évora e Viseu. José Esteves critica as cidades portuguesas, na medida em que estas “não seguem um modelo de crescimento sustentável no desenvolvimento do governo electrónico”, acrescentando que “há um esforço dos municípios para oferecer serviços pela Internet, mas de forma pouco estratégica e mal coordenada”.