ESTG discute energias renováveis

A ESTG acolhe o III Congresso Internacional de Engenharia e Gestão da Energia e do Meio Ambiente. Portugueses e espanhóis juntam-se pela terceira vez com o objectivo de discutir problemas e soluções sobre o impacto dos sistemas energéticos no meio ambiente e a preservação deste relativamente a outros sectores.

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre (ESTG) acolhe até hoje o III Congresso Internacional de Engenharia e Gestão da Energia e do Meio Ambiente. Trata-se de um evento organizado por professores da área de engenharia do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e da Escola de Engenharias Industriais da Universidade da Estremadura em Espanha.

Neste congresso, académicos, engenheiros e empresas dos sectores energético e ambiental debatem a eficiência das energias renováveis e as soluções existentes para a redução do impacto dos sistemas energéticos sobre o meio ambiente.
O congresso foi estruturado em seis áreas científicas específicas, ficando as comunicações dos intervenientes distribuídas de acordo com os seguintes temas: instalações energéticas, energias renováveis, meio ambiente e engenharia do ambiente, electromecânica, materiais e engenharia de projectos.
No primeiro dia do colóquio, a fazer as honras de abertura do congresso esteve Paulo Brito, Presidente da Comité Organizador do congresso e Vice-Presidente da ESTG, o professor Eduardo Rosa, membro organizador da Universidade da Estremadura e ainda Joaquim Mourato, Presidente do IPP, que se mostrou bastante expectante relativamente ao congresso felicitando as escolas envolvidas.
O que de mais importante é dito nas conferências ficará registado em livro de resumos e também em formato de CD-Rom, que terá o conteúdo completo das comunicações. Os artigos com maior qualidade serão publicados em revistas científicas.

Estes recursos serão financiados pelas receitas do congresso como refere Mónica Martins, responsável pela secretaria técnica do evento: “o custo de inscrição serve para pagar essas publicações, principalmente as revistas científicas que são muito caras e nós utilizamos esses pagamentos para pagar alugueres de instalações, os livros de resumos, os cds, trabalhos de design gráfico, jantares, porque para conseguir patrocínios actualmente também é bastante difícil. Então dessa forma os congressistas pagam e têm direito à sua documentação, às suas publicações, aos jantares, ao transporte e tudo mais.”

Este ano a audiência foi menor que nas edições anteriores. “As línguas dominantes nas conferências são o português e o espanhol, embora haja também congressistas brasileiros e chilenos. Neste ano há mais congressistas espanhóis que portugueses” adianta ainda a responsável.

Estudantes gostam da iniciativa

André Moreira, aluno do 3º ano do curso de Engenharia do Ambiente, actual curso de Engenharia das Energias Renováveis e do Ambiente afirma que “as conferências são porreiras e importantes, tanto para o meu curso como para os outros da área da engenharia. Se uma pessoa estiver atenta aprende bastantes coisas.” Contudo, o aluno mostra-se um pouco insatisfeito com a organização do evento, “sendo este um congresso internacional está mal organizado e pouco divulgado. É altura de testes e trabalhos, é difícil ter tempo para ir assistir, mas também os professores não se encontram muito virados para este tipo de eventos, não nos levam a tomar conhecimento com este tipo de iniciativas.”

Este evento realiza-se de dois em dois anos e conta já com três edições: a primeira em 2005 na ESTG, a segunda na Escola de Engenharias Industriais em Espanha e este ano novamente na ESTG, e assim sucessivamente. O colóquio nasceu de um projecto pensado por professores da Universidade da Estremadura que leccionam também na ESTG e por docentes da mesma instituição. Este ano o congresso teve início no passado dia 25 e termina hoje dia 27.

Ouvir declarações de Joaquim Mourato - Presidente do IPP