ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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Quem anda a pé ou de carro por Portalegre encontra sempre um buraco, pó ou uma rua fechada ao trânsito. São as diversas obras que decorrem ao mesmo tempo um pouco por toda a cidade. Os comerciantes e os habitantes queixam-se dos incómodos. A câmara garante que dentro de seis meses estará tudo acabado.
As obras que estão actualmente a ser realizadas em Portalegre, da responsabilidade da autarquia e do Programa Polis, deverão estar concluídas dentro de "cinco a seis meses" garantiu o vereador das Obras Públicas da autarquia portalegrense, Luís Calado.
Neste momento estão a decorrer as obras do Centro de Artesanato (antigo Lagar da Praça da República), do Centro das Artes do Espectáculo que se enquadra no eixo da Praça da República, a construção e a reestruturação de alguns edifícios no centro histórico da cidade.
"Não podíamos fazer apenas a remodelação daquilo que está à vista de todos, tivemos que fazer também a substituição das infra-estruturas no subsolo, porque as condutas de água tinham cerca de 60 anos. Foi uma estranha coincidência começarem todas as intervenções no mesmo período de tempo”, diz Luís Calado.
“O incómodo das pessoas é grande, mas estou convencido de que as pessoas compreendem. Ninguém gosta de ter obras em casa, mas às vezes quando uma pessoa vê que a sua casa precisa de ser sujeita a remodelações, prefere fazer algum sacrifício, para depois poder usufruir de maior conforto e melhor qualidade de vida. O mesmo se passa quando falamos da nossa cidade”, diz Luís Calado, vereador da câmara de Portalegre.
Mas, nem todos os habitantes vêem com bons olhos esta situação. “A cidade está um caos. É impossível andar nestas ruas cheias de buracos. É incompreensível estarem a fazer tantas obras ao mesmo tempo”, referiu Maria Salgueiro, residente em Portalegre.
Polis em andamento
Para além de todas as obras municipais que estão a ser feitas, os trabalhos no âmbito do Programa Polis estão em andamento e alguns deles estão agora a ter início.
O prazo da conclusão das obras compreendidas por este projecto está quase a terminar, porém o vereador das obras municipais garante que “vão terminar dentro do prazo estabelecido, ou seja, daqui a cinco a seis meses”.
As obras referentes ao programa Polis são a reconfiguração da Rua 1º de Maio, o percurso de ligação ao Museu de Tapeçaria, a requalificação do jardins da Corredoura e da Avenida da Liberdade, a construção de dois parques subterrâneos e a requalificação do eixo da Praça da República – Praça da Sé.
Para José Velez, morador no centro histórico da cidade “as obras prejudicam imenso o trânsito automóvel e dos peões, mas por outro lado daqui a pouco tempo teremos uma cidade mais bonita”. Todo este aparato tem dificultado a vida dos comerciantes que têm as obras mesmo à porta. “Temos tido, nestes últimos meses, menos clientes do que era habitual. As pessoas vinham aqui e podiam estacionar o carro mesmo à porta da loja, agora como não o podem fazer, não vêm”, mencionou Paula Miguéins, comercial administrativa.
Apesar da população não estar muita satisfeita com a situação o vereador das obras municipais garante que “poucas ou nenhumas reclamações aqui têm chegado, ao contrário do que estávamos à espera”.
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