ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
|
A Junta de Freguesia da Sé, em Portalegre, vai ser uma das nove que, um pouco por todo o país, vai poder participar numa experiência piloto de Voto presencial em Portugal, na eleição para o Parlamento Europeu.
Cerca de 130 mil portugueses vão, no próximo domingo, poder votar duas vezes e de duas maneiras diferentes. Os votantes da freguesia da Sé fazem parte deste número de portugueses que vão contribuir para este teste. Contudo, somente o voto da forma tradicional vai ter validade legal, uma vez que o voto electrónico permitirá apenas testar o sistema. Esta experiência piloto servirá, no futuro, para que os recenseados possam votar fora da sua área de residência.
Portalegre vai ainda contar com o transporte gratuito a partir do bairro dos Assentos até à Praça da República, para que os cidadãos de outras mesas de voto possam também experimentar o voto electrónico presencial.
O grande objectivo, para além de testar os meios técnicos, do voto presencial, é ver até que ponto estão os cidadãos disponíveis para aderirem a este novo sistema. A familiarização com as novas tecnologias é também um processo complexo e lento, daí a necessidade deste tipo de testes. A presidente da Junta de Freguesia da Sé, Piedade Murça, salientou a utilidade desta nova modalidade de voto “ porque vai permitir o eleitor vote, sem se preocupar onde estará no dia das eleições”. Nas freguesias onde vai decorrer este acontecimento foi distribuída publicidade, nomeadamente, cartas de correios e cartazes. Também através da Internet é prestado um esclarecimento ao público sobre o voto electrónico e, com a vantagem de se poder visualizar uma demonstração de como decorre o processo do voto (ver vídeo). Antes de concluir a votação, com este novo sistema, o eleitor é ainda convidado a responder a duas perguntas para que os responsáveis por este processo possam avaliar o impacto da introdução deste tipo de tecnologia no acto eleitoral. O facto desta experiência se realizar em vários pontos do norte a sul de Portalegre prende-se com a necessidade de analisar as diferentes realidades sociais e a sua adesão ao novo sistema de voto.
Este exercício está previsto no Plano de Acção para a Sociedade da Informação e, é o resultado de uma parceria entre a Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC)e o Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral (STAPE), com a supervisão da entidade que regula todas as eleições, Comissão Nacional de Eleições (CNE).
No futuro, a generalização deste sistema de voto vai contribuir para que os cidadãos participem mais nas eleições e referendos, colaborando para uma sociedade mais democrática. Para além deste ponto essencial, existem ainda muitas vantagens, especialmente para a cidadania, uma vez que vai haver uma maior igualdade entre todos os cidadãos. As pessoas com deficiências motoras, visuais ou mentais, poderão exercer o seu direito de voto, graças a este novo método.
A contagem é automática, o reconhecimento dos eleitores é mais rápido e há ainda um maior respeito pelo ambiente, motivos que fazem deste novo sistema um forte candidato aos próximos actos eleitorais.
Mais Comentados