ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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“Circular também é conservar” é o lema do 2º Passeio de Clássicos, que decorre este Sábado. O Grupo de Promoção Automobilística de Portalegre (GPAP) promove este evento que reúne automóveis clássicos, antigos e bem conservados.
O presidente do GPAP, Francisco Ceia, explica que “os clássicos estão um bocado na moda, e temos que fazer passeios deste género para que os carros circulem e, assim, se conservem”. Apenas cerca de 20 pessoas estão inscritas, porque “há outros eventos este fim de semana e as pessoas não podem ir”, esclarece Francisco Ceia.
O percurso ronda os 90 km com partida marcada do Jardim da Liberdade às 9 horas da manhã. “Vamos dar umas voltas pelas ruas da cidade e depois vamos até ao Crato beber um café. De seguida vamos almoçar a Alter do Chão e dar um passeio pelas ruas. No regresso passamos pelas Termas de Cabeço de Vide, onde paramos para descansar as máquinas. Finalmente o regresso para Portalegre, até ao kartódromo, onde acabamos o dia a comer e a beber”, explica Francisco Ceia.
Quanto a modelos, ainda não é possível adiantar quais estarão presentes no passeio, mas Francisco Ceia assegura que “certamente farão as delícias de quem as vir, pois estarão em condições impecáveis”.
No final, haverá prémios para o carro mais antigo, para o mais original e para o mais bem conservado. Francisco Ceia adiantou ainda que “no próximo Verão queremos fazer outro passeio, mas ainda não temos data fixa”.
Paixão por carros antigos
O GPAP surgiu há 28 anos na tentativa de reunir pessoas que nutrem paixão por clássicos. Esta paixão não tem explicação, mas Francisco Ceia diz “ser uma coisa desde miúdo”. Começou a trabalhar em mecânica muito cedo e esteve sempre ligado a automóveis. “Alguns carros têm história e ao conservá-los, conservamos também a sua história”, explicou ainda. Há ainda quem pratique coleccionismo e tenha várias viaturas que são verdadeiras antiguidades.
Ambulância com problemas de última hora
Em Portalegre, apenas uma pessoa sabe conduzir a ambulância Ford Courier de 1956. Manuel Félix conduziu a única ambulância que existiu na cidade até 1976, altura em que deixou de circular. Actualmente, é ele que faz a sua manutenção e a conduz quando esta sai do quartel. “Ela teve um problema no motor e é mais seguro que não vá ao passeio, porque ainda são bastantes quilómetros”, conta Manuel Félix. Esta relíquia motorizada tem apenas três mudanças, uma sirene semelhante à da Fábrica Robinson e tinha uma ventoinha direccionada para o doente.
Foi completamente restaurada pelos bombeiros, que têm feito um esforço para a preservar pois o veículo traz muitas saudades à população mais idosa de Portalegre.
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