ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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Com o início do ano, os portalegrenses serão obrigados a apertar o cinto. Desta vez é a factura da água que vai aumentar, o que provoca algum descontentamento na população.
Os problemas na qualidade e quantidade de água no território alentejano levaram os 15 municípios do distrito de Portalegre a uma actualização nos tarifários. Apesar do descontentamento da população, a nova medida entra em vigor em Janeiro de 2007
O avanço do sistema multi-municipal, levado a cabo em conjugação com o Governo, está a deixar os portalegrenses em alerta quanto ao valor das facturas da água a praticar a partir do próximo ano.
O aumento resulta da chamada “Lei da Água”, segundo a qual as entidades gestoras têm que incorporar no preço todos os custos financeiros, ambientais e de escassez associados a este recurso.
Assim, em resultado da intervenção da Águas do Norte Alentejano (ANA) no circuito de produção, o município de Portalegre passa a adquirir a água a um preço mais elevado situado em 0,5013€. No escalão mais baixo destinado ao consumo doméstico, por exemplo, a tarifa sobe de 0,45€ para 0,60€.
“O aumento pode não ser significativo quando pensamos em mais uns cêntimos, mas no final do mês faz a diferença no orçamento de qualquer família. As pessoas que têm jardins ou espaços em que seja necessário um sistema de rega pagam muito mais”, afirma Teresa Cordeiro, doméstica.
Contudo, o novo tarifário só irá abranger os escalões mais baixos, visto que a partir dos 20 metros cúbicos os valores vão manter-se.
De acordo com Artur Vidal, assessor de energia e ambiente da Associação de Municípios do Norte Alentejano, “este aumento é necessário para fazer frente às despesas, mas mesmo assim o consumidor fica a pagar abaixo do custo de serviço”, acrescentando que a medida pode ser eficaz enquanto “alerta para a importância da água enquanto recurso”.
Como meio de atenuar os aumentos e no seguimento da política social adoptada pelo Município, foram estabelecidos vários tipos de tarifas com descontos, que variam segundo o número de agregados familiares e as necessidades económicas dos portalegrenses.
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