ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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O Sport Clube Estrela encontra-se no 1º lugar da I Divisão Distrital, porém, mesmo que acabe a época como campeão, não vai poder subir para a II Divisão B, já que está castigado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Jorge Isidro, Presidente do Estrela de Portalegre, assumiu a presidência em Junho de 2003 e, aquando da sua eleição, fez algumas exigências aos sócios. Uma delas era que estes o “autorizassem a fazer um financiamento à banca, entregando o património como garantia”, o que aconteceu por maioria absoluta, já que as dívidas deixadas pela antiga direcção ascendiam “em muito os 500 mil euros”.
Na época passada e dada a situação do clube, Jorge Isidro decidiu que o Estrela iria descer aos distritais, uma decisão apoiada pelo técnico da equipa portalegrense, Dinis Santana, já que é da opinião que “a diferença de orçamento entre campeonatos é enormíssima”.
Quando decisões como esta são tomadas, a FPF obriga a que as equipas permaneçam nessa mesma divisão (I Distrital), durante duas épocas, só podendo subir após três anos. Assim, resolveu “punir o Sport Clube Estrela com as penas de suspensão por duas épocas e multa de dois mil, quatrocentos e noventa e três euros e noventa e nove cêntimos, nos termos do disposto no artigo 46º, nºs 1 e 2, al. b) do Regulamento Disciplinar” (Comunicado Oficial do Conselho de disciplina da FPF, na época 2003/2004).
A decisão de baixar de divisão “inicialmente interferiu no ambiente do balneário, mas ao longo dos jogos, percebemos que isso já estava posto de parte e que tínhamos que fazer o nosso campeonato”, explica João Landeiro, guarda-redes da equipa de Portalegre, que põe as esperanças na próxima época, pois “para o ano já temos possibilidade de subir e é isso que vamos tentar fazer”.
O Presidente do Sport Clube Estrela tem a certeza que fez a melhor opção, já que “dificilmente seria possível ter a equipa na II Divisão B sem pôr em causa o futuro do clube, as hipotecas iam começar a cair e concerteza que iria tudo desaparecer”.
Quanto ao futuro, Jorge Isidro tem a noção que “é preciso mais um ano para pôr o clube financeiramente estável”, mas que está perto de conseguir “esse milagre de passar de um passivo de mais de 500 mil euros em algo muito próximo de zeros”.
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