ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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A receita electrónica tarda em ser implementada no distrito de Portalegre. Inicialmente previsto para entrar em funcionamento em Janeiro, só no próximo mês deverá ser aplicada. A falta de formação dos profissionais e a inexistência de mobiliário adequado são as razões para o atraso.
A implementação da receita electrónica nos hospitais de Santa Luzia, em Elvas, Dr. José Maria Grande, em Portalegre, e nos 16 centros de saúde do distrito sob a responsabilidade da sub-região de saúde distrital arrancará só em Abril e não em Janeiro como estava previsto.
Tal como o ESEPJornal noticiou há três meses, o distrito de Portalegre, foi o escolhido pelo Ministério da Saúde para a implementação de um projecto-piloto a nível nacional. Trata-se da Receita Electrónica.
Passado dois meses do início previsto para o arranque do projecto no distrito, a receita electrónica, ainda não está a funcionar a cem por cento.
Segundo o Presidente do Conselho de Administração do Hospital José Maria Grande “neste momento o processo de implementação da receita electrónica no hospital de Portalegre está atrasado devido a condições físicas".
“Nós, na maioria dos postos de trabalho não temos mobiliário próprio para receber um computador. O mobiliário que neste momento os médicos têm nos seus gabinetes de consulta externa é perfeitamente antiquado e não está, de modo algum, capaz de receber um terminal de computador”, esclarece aquele responsável.
O mesmo acontece com o Hospital Santa Luzia em Elvas. “ Apesar de em Janeiro termos testado e emitido algumas receitas, neste momento os profissionais estão a receber formação interna para poderem adaptarem-se ao sistema”, confirma Alga Martins, Directora Clínica do Hospital de Elvas.
Apesar dos atrasos, Fernando Pádua, garante que, “está prevista para breve o arranque da formação aos profissionais”. De seguida, será “colocado em todos os postos de trabalho os terminais de computador, o IGIF irá dar formação a todos os médicos do hospital de Portalegre para saberem trabalhar com o sistema informático e elaborarem as receitas”, conclui.
Ao contrário dos hospitais de Elvas e Portalegre, a receita electrónica já é uma realidade nos centros de saúde da sub-região de Portalegre, com excepção de Castelo de Vide, de Nisa e Fronteira, devido a questões técnicas.
“Os centros já estão ligados informaticamente às farmácias e a formação aos nossos profissionais terminou na semana passada. A partir de agora será necessário um mês para os profissionais se familiarizarem com o sistema informático”, refere José Ricardo, Director do Serviço de Saúde da Sub-Região de Saúde de Portalegre.
Recorde-se que o projecto só foi lançando oficialmente há dois meses. Nessa altura, foi feita uma simulação na Farmácia Nova, em Portalegre, experiência esta, que ocorreu na presença do então Ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira.
O projecto está a ser desenvolvido pelo Ministério de Saúde, através do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF), da Administração Regional de Saúde do Alentejo e pela Associação Nacional de Farmácias.
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