ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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A aplicação de algumas medidas de segurança tem feito diminuir o número de livros que desaparecem do centro documental da ESE, mas a falta de espaço, um dos maiores problemas, vai manter-se nos próximos anos
Com 22 230 livros registados e muitos por registar, o Centro Documental da Escola Superior de Educação (CDESE) tem enfrentado alguns problemas no controlo das obras.
No ano lectivo de 1995/1996, o CDESE viu desaparecer 346 livros, sem qualquer razão aparente. Como medidas de prevenção, foi proibida a entrada de malas, pastas e sacos e criado um depósito próprio para estes acessórios , para além de terem sido fechadas a cadeado as varandas da biblioteca e do sistema de segurança ter sido actualizado. De acordo com os dados fornecidos pela técnica principal do CDESE, Maria José Quarenta, o número de livros desaparecidos diminuiu, tendo-se registado no último ano a ausência de apenas cerca de 20 obras.
Também a falta de cooperação por parte dos alunos é apontado como um factor importante para o funcionamento da biblioteca. Face a esta situação, a responsável sublinha que existe pouca motivação por parte dos alunos em colaborar e manter o CDESE de forma organizada. “Os alunos chegam a prejudicar-se uns aos outros porque há quem esconda os livros atrás da estante, dificultando a sua procura”, considera Maria José Quarenta. Para isso, o centro dispõe de uma estante para colocar os livros depois de pesquisados, para que os funcionários os arrumem. "Quando os livros são mal arrumados, são livros perdidos”, acrescenta aquela responsável.
Todos os anos chegam ao CDESE cerca de 1250 livros, número bastante superior em relação à biblioteca da Escola Superior de Tecnologias e Gestão. O CDESE recebe ainda ofertas de várias instituições, como o Ministério da Educação, o Conselho Nacional de Educação, o Instituto de Estatística e algumas livrarias.
Com a biblioteca bem apetrechada, também os cursos de formação técnica, como Jornalismo e Comunicação, Turismo e Termalismo e Animação Educativa e Socio-Cultural podem agora usufruir de mais livros, situação que não acontecia até há pouco tempo. É através do departamento de cada curso e, em conformidade com o orçamento que o Conselho Directivo da escola atribui, que os livros são requeridos pelos professores de cada disciplina.
Contudo, esta verba, que não é fixa, depende do peso do curso, nomeadamente em relação ao número de alunos que o compõem. Questionada com algumas queixas dos alunos em não encontrarem o livro que procuram, Maria José Quarenta refere que, “às vezes, é o próprio professor que dá mal a bibliografia e, o aluno quando vem à procura de um livro não o encontra, o que não significa que não exista. Mas, quem vem à biblioteca, normalmente encontra o que quer”.
Outra das situações que o CDESE tem de enfrentar é o espaço físico. Os livros são cada vez mais e começa a ser complicada a tarefa de arrumação. Segundo a técnica principal, “não existem, para já, alternativas de alargamento da biblioteca e, mesmo aumentando o número de estantes, retirava-se espaço às mesas para estudo”. Mas, a falta de condições passa também pelo serviço de fotocópias, já que as fotocopiadoras estão sempre avariadas. Um caso que está a ser resolvido, uma vez que vão ser instaladas novas máquinas.
Ao contrário da Classificação Universal de Documentos, o CDESE tem uma classificação própria, designada por alfanumérica, e prepara-se também para reestruturar a sua base de dados no próximo ano lectivo, para o sistema Probase 5, o Sistema de Base Nacional de Dados Bibliográficos Português. Segundo Maria José Quarenta, esta alteração tem como objectivo “actualizar e uniformizar o sistema, já que todas as escolas que pertencem ao Instituto Politécnico de Portalegre têm este programa”.
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