ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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“Questão Ibérica” é o nome do livro da autoria de Francisco Fortunato Queirós apresentado recentemente pelo Instituto Politécnico de Portalegre. Trata-se do segundo volume da colecção “Largo da Sé” que está a cargo daquela instituição.
O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) lançou recentemente o livro “Questão Ibérica” de Francisco Fortunato Queirós, que presidiu a esta instituição entre os anos 1993 e 1999, antecedendo ao actual presidente do IPP, Nuno Oliveira.
Esta publicação nasceu a partir de um conjunto de cartas consideradas inéditas, escritas por algumas figuras históricas de Portugal, localizadas nos Reservados Manuelinos da Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa, às quais o autor ao longo do seu livro, vai tecendo alguns comentários.
“Questão Ibérica” é o segundo volume da colecção “Largo da Sé” do Instituto Politécnico de Portalegre que tem por objectivo “recolher e editar trabalhos da autoria de personalidades e autores que estiveram ou estão ligados ao IPP”, disse o presidente do instituto Nuno Oliveira.
Relação entre Portugal e Espanha em destaque
Por questões de saúde, Francisco Fortunato Queirós, com 73 anos, não interveio na cerimónia de lançamento na qual estiveram presentes representantes das quatro escolas superiores e pessoas que já passaram pelos quadros do IPP.
Oliveira Ramos, orientador do doutoramento do autor e reitor da Universidade do Porto entre 1982 e 1985 comentou as principais linhas mestras do livro “Questão Ibérica”.
O problema das sucessões do trono de Portugal e as relações de convergência com a vizinha Espanha ao longo dos séculos é neste trabalho literário retratado ao pormenor. “D. Fernando II, o Conde de Alte, o Marquês de Sá da Bandeira e o duque de Saldanha trocam entre si dezenas de cartas sobre o assunto. Delas pode-se concluir a posição de cada um, mas também, as sugestões, as pressões e os empenhos dos espanhóis – Serrano, Prim, Zorilla e outros muitos – para que D. Fernando aceitasse a coroa de Espanha”, como é referido pelo Gabinete de Relações Públicas do Instituto Politécnico de Portalegre no âmbito da apresentação deste livro.
Colecção “Largo da Sé” com apenas duas publicações
O também historiador, Oliveira Ramos vê o autor como “um excelente aluno, um professor universitário que sempre valorizou o trabalho de pesquisa e que soube assumir em pleno as suas funções de direcção nos cargos que desempenhou ao longo dos anos”, salientando ainda que neste trabalho de 256 páginas “ a paixão do escritor por D. Pedro V, pelo seu papel na publicação da Primeira Carta Constitucional em 1826, pelo Marquês de Sá da Bandeira e, ainda, pela sua visão sobre os problemas que cercam Portugal no passado e podem, actualmente, ser transpostos para o presente e, também possivelmente, para o futuro da nossa nação.”“É de louvar o facto de Francisco Fortunato Queirós querer partilhar com a comunidade literária e cientifica os documentos que estavam sobre sua posse, para que todos possamos crescer com os seus conhecimentos e com os testemunhos daqueles que fazem parte da história de Portugal”, termina assim o antigo reitor.
“É uma pena que tantos docentes das nossas escolas tenham publicações editadas e não queiram vê-las integradas nesta colecção”, referiu Nuno Oliveira, que acrescentou: “cada livro lançado, significa uma vitória para o IPP”.
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