ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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O Instituto Politécnico de Portalegre, através da Escola Superior Agrária de Elvas, é o único parceiro português de um projeto criado pela empresa espanhola Tragsa que utiliza um novo programa informático, o Saftor, com o objectivo de melhorar o controlo de incêndios florestais.
Susana Dias, do departamento de Agricultura e Recursos Naturais da Escola Superior Agrária de Elvas, explica que este novo projeto é “uma plataforma de simulação virtual de incêndios florestais para a formação do pessoal envolvido no combate a incêndios e o desenvolvimento de várias ferramentas para dispositivos móveis (tablets ou smartphones), como sejam o visor, o sistema de localização, uma aplicação sobre realidade aumentada e a possibilidade de envio de imagens georreferenciadas ou vídeos em tempo real”.
A oportunidade de manter um maior contato com os profissionais que estão no terreno é classificado como “essencial e uma grande vantagem, não só na eficácia do combate, mas também na sua segurança”.
A nova aposta foi testada no passado dia 24 de abril, com o objetivo de perceber a viabilidade das ferramentas criadas até à data. Os resultados mostraram-se positivos. “Tivemos oportunidade de realizar um primeiro ensaio das ferramentas desenvolvidas, numa situação complexa, como é o caso de um incêndio transfronteiriço. Não menos importante, a possibilidade de juntar responsáveis e operacionais do combate aos incêndios florestais de um e outro lado da fronteira, a analisarem e discutirem, não só as ferramentas desenvolvidas, mas também os problemas com que geralmente se confrontam neste tipo de situações”, conta Susana Dias.
A parceria entre as entidades portuguesa e espanhola serve sobretudo para colmatar a dificuldade no combate aos incêndios florestais em situações de fronteira, onde, por norma, “as diferenças administrativas criam barreiras operativas”.
O projeto surgiu com o objetivo de melhorar algumas ferramentas já desenvolvidas pela Tragsa na sequência de um grande incêndio ocorrido em 2005, em Guadalajara no qual morreram onze pessoas, nove das quais trabalhadoras daquela empresa.
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