ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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O número de praticantes do Body Combat tem vindo a aumentar a nível mundial. Em Portugal há cada vez mais interessados na prática de uma modalidade que combina artes marciais e desporto aeróbio.
Duas vezes por semana a professora Ana Pires desloca-se a Monforte e incentiva as atletas para a prática do Body Combat. Nesta localidade alentejana, aulas são frequentadas apenas por mulheres. Em regra, é com a chegada dos meses quentes que as sessões se tornam mais concorridas, uma vez que a preocupação com o corpo é maior, mas no resto do ano também há interessados em praticar esta modalidade.
A popularidade do Body Combat tem vindo a crescer nos últimos anos. Ana Pires define a modalidade como “uma junção entre artes marciais e desporto aeróbio, no qual são aplicadas técnicas específicas de combate e defesa pessoal, treinando o físico através de coreografias com músicas altamente positivas”.
O Body Combat é uma actividade desconhecida para muita gente. Esta ‘arte’ combina movimentos e posições de auto-defesa, que inclui uma série de outras disciplinas, como por exemplo, karaté, kickboxing, tai-chi e taekwondo. Mas, o que torna este desporto tão apetecível, é sem dúvida, “o facto de aliar música contagiante com golpes de defesa, essenciais para os dias de hoje” afirma Ana Pires.
Na opinião da ex-atleta, a principal razão para o sucesso e adesão dos praticantes a este desporto, deve-se ao “facto de ser novidade, ser diferente da aeróbica pura, contemporânea, ser uma modalidade pré-coreografada. Tem coreografias definidas e específicas, com objectivos próprios por coreografia, que permite atingir altos níveis de performance desportiva. Isto explica a vontade e o desejo de experimentar a modalidade”. (ouvir áudio)
Um bom murro
A prática de Body Combat permite retirar grandes vantagens. “Primeiro que tudo, o Combat permite aprender um pouco de auto-defesa. Não há contacto físico, mas com o aperfeiçoar da técnica, a pessoa aprende a dar um bom murro ou um bom pontapé. O atleta pratica desporto e aprende a defender-se”afirma Ana Pires.
Normalmente, uma aula de Combat funciona por três etapas: “o aquecimento, que são músicas um pouco mais moderadas, que ajudam no aquecimento das articulações. Segue-se o trabalho aeróbio e só depois vem o trabalho muscular. Existe na parte final um relaxamento, visto que é uma aula extremamente enérgica”, explica a professora.
Apesar de ser uma modalidade não violenta, e que qualquer pessoa, independentemente do seu passado desportivo, pode praticar, deve haver algumas restrições, uma vez que é um desporto que puxa muito pelo físico. “É potente, digamos que, o individuo que pratica este desporto, tem de ter já um background desportivo de fortalecimento muscular” diz.
O Body Combat, por ser um desporto aeróbio, desenvolve o raciocínio rápido, a memória e a auto-defesa, além de possibilitar uma perda de peso, factor importante numa sociedade ávida pela perfeição e culto da beleza. Quando questionada com a hipótese de se definir o Body Combat como um desporto das sociedades modernas, Ana Pires mostra-se peremptória. “Qualquer desporto que tenha um bom marketing por trás, é um desporto de sociedade moderna. Toda a promoção que é feita contribui para a evolução das modalidades. O Body Combat é um desporto “criado” pela sociedade. É um deporto na moda”, conclui.
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