ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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O Instituto Politécnico de Portalegre aposta no Ambiente e nas Energias Renováveis com a participação no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo. O Parque projectado para 2012, está avaliado em cerca de 50 milhões de euros
Quatro estabelecimentos de ensino superior alentejanos, entre eles o Politécnico de Portalegre, apresentaram, através da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, uma candidatura para a criação do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PTC) que deverá estar construído até 2012 e custará 50 milhões de euros.
A candidatura foi entregue em Setembro ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e receberá uma resposta até ao final deste ano. Caso a candidatura seja aprovada, segue-se uma outra fase que implicará candidaturas dos projectos dos pólos que integrarão o parque tecnológico.
“O projecto nasceu por iniciativa da Universidade de Évora com a intenção de construir uma Rede de Ciência e Tecnologia no Alentejo”, explica Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre que acrescenta: “a Universidade de Évora e os Institutos Politécnicos Portalegre, Beja, e Santarém uniram-se para concretizar este projecto”.
Cada uma das instituições procurou definir um modelo e “decidiu-se que a sede do parque será em Évora devido à sua centralidade e desenvolvimento”. Contudo, existirão pólos nas outras cidades uma vez que “era importante que o parque tivesse uma cobertura territorial. Conseguiu-se juntar interesses do norte Alentejo, do baixo Alentejo, do Alentejo central e da lezíria do Tejo”, continua Joaquim Mourato.
Pólo em Portalegre
A rondar os 6,4 milhões de euros está o orçamento do pólo de Portalegre, que se centra nas Energias Renováveis e no Ambiente. O IPP definiu que “devia apostar nas energias uma vez que além de ter alguns recursos é uma área com futuro”, conta Joaquim Mourato.
O pólo de Portalegre vai estar instalado junto à Escola Superior de Tecnologia e Gestão, pois além da escola estar vocacionada para a área, a Câmara Municipal de Portalegre cedeu dois lotes para instalar uma incubadora tecnológica na zona industrial.
O pólo de Portalegre vai ter dois subpólos, em Nisa e Elvas. “O pólo de Nisa visa o estudo do termalismo e o de Elvas está ligado à produção de energias com biocombustíveis”, explica Paulo Brito, Vice-presidente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre e coordenador da área de engenharia. “Este parque desenvolve por um lado a instalação de empresas existentes, e por outro lado a criação de empresas que surjam de trabalhos de investigação”, prossegue aquele responsável.
Paulo Brito explica que este parque “tem três componentes principais: uma parte laboratorial, naves pilotos, pequenas unidades que permitem criar técnicas a nível industrial, e uma incubadora de empresas para desenvolver trabalhos científicos na perspectiva de os aplicar”. Paulo Brito referiu ainda que está prevista também a criação de uma central de biomassa com 100 mega watts.
“Acho que podemos ser uma marca, não só regional mas também nacional”, refere Joaquim Mourato. Explicando que este projecto “pode ser uma alavanca para o desenvolvimento regional, pois esta área é sem dúvida pertinente e de interesse mundial”.
Com este projecto “pretende-se criar infra-estruturas e instalar competências para potenciais alunos. Quem quiser saber mais e desenvolver estudos sobre energia e ambiente vai encontrar aqui um local favorável”, finaliza o dirigente do IPP.
Mata Cáceres, Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, refere que “quando estamos a falar de qualquer coisa que envolva desenvolvimento e criatividade é sempre importante”. Esclarecendo que “quando se trata de projectos no Instituto Politécnico o interesse é maior. Estamos a tentar fazer com que a nossa produção energética através de energias alternativas seja auto-suficiente”.
Alguns dos parceiros desta iniciativa são a câmaras Municipais de Portalegre, Elvas e Nisa, o Instituto Internacional de Realidade Virtual, a VALNOR e as empresas Selenis e Delta.
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