ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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Um ano volvido após a derrocada de um prédio em plena Rua 5 de Outubro, uma das mais movimentadas de Portalegre, muito pouco foi ainda feito e o local continua a precisar de obras. Quem por ali passa questiona-se acerca do futuro deste edifício e quem aqui tem estabelecimentos comerciais reclama uma urgente reabilitação do espaço.
No dia 16 de Abril do ano passado, Portalegre acordou em sobressalto com a derrocada parcial do edifício nº68 e 70 da Rua 5 de Outubro. Os octogenários e moradores no referido lugar Francisco Soares, Maria de Lurdes Soares e Maria Silvina Figueira morreram vítimas deste desabamento.
As obras que decorriam no prédio adjacente, a par das agrestes condições que se faziam sentir, foram dadas na altura como possíveis justificações para o sucedido.
O caso foi entregue ao Ministério Público para o apuramento de responsabilidades, mas após a abertura do inquérito não foram ainda conhecidas quaisquer conclusões.
Pelo facto destes edifícios serem ambos privados, por lei, as competências da câmara municipal não podem exceder a fiscalização das obras em curso.
Depois da derrocada, apenas a fachada - embora frágil - se manteve e, segundo fontes da autarquia, até ao momento não há qualquer plano para a reabilitação de toda a estrutura. Os proprietários, residentes em Lisboa, estão agora impossibilitados de avançarem com acções de recuperação do prédio, até à conclusão das investigações e nova ordem do tribunal.
Comerciantes reclamam obras
Do prédio onde outrora se encontrava a mais antiga mercearia de Portalegre pouco resta agora, para além da fachada e do acumular de escombros no seu interior.
Enquanto este caso não encontra um desenlace, os proprietários das lojas que rodeiam o edifício protestam para que algo seja feito, uma vez que esta é uma das principais artérias do comércio tradicional da cidade.
A proprietária da sapataria que se encontra em frente a este prédio, Ana Ramos, critica o estado em que este se encontra dizendo que «parece não ser uma estrutura ainda segura e não favorece o negócio nesta zona». Este facto é confirmado pela população que, passado um ano desde a tragédia, não vê ainda perspectivadas quaisquer obras para o local.
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