ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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O Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Nuno Oliveira, vai propor em Conselho Geral da instituição que no próximo ano lectivo o valor das propinas se mantenha. Os alunos consideram que "podia ser pior".
O valor de propinas fixado para este ano lectivo foi de 463 euros e 58 cêntimos. Em relação ao ano passado sofreu um aumento de cerca de 70 euros. Nuno Oliveira destaca o facto do Instituto Politécnico desta cidade ter facilitado aos alunos o pagamento das propinas em três prestações, o que de acordo com o presidente do IPP, “mais ninguém terá feito”, tornando assim, “mais leve” o aumento das propinas. Nuno Oliveira esclarece que o instituto “tem plena consciência das dificuldades que a esmagadora maioria dos alunos, desta instituição, têm do ponto de vista financeiro”.
Tânia Paiva, aluna de primeiro ano do curso de Jornalismo e Comunicação da Escola Superior de Educação (ESEP), considera que “as propinas são necessárias”, no entanto diz que “há determinadas instituições do ensino superior que têm um valor muito avultado para aquilo que necessitam”. Em relação ao IPP considera que o valor é “bastante justo”. Tiago Marto, aluno de terceiro ano de Educação Visual e Tecnológica, também defende que “tendo em conta os aumentos a nível nacional, podia ter sido pior”. A opinião parece consensual entre os alunos da ESEP, Bruno Hilário, estudante do quarto ano do curso de Jornalismo e Comunicação, apesar de não concordar com o aumento das propinas, declara-se satisfeito com o valor mínimo “uma vez que podia ser mais”.
Com todos os problemas que uma região periférica, como Portalegre tem, torna-se complicado atrair alunos. O Presidente do IPP, considera imperativo “proporcionar condições mais vantajosas aos alunos, inclusive do ponto de vista económico”, caso contrário afirma correr o risco da instituição “fragilizar as armas de que dispõe para atrair os alunos de que necessita”. “Se pretendêssemos ser mais exigentes abrindo o leque em termos do aumento da prestação ou do volume das propinas, isso, funcionará contra nós”, explica.
Mais e melhores condições
Os números do distrito em termos de finalistas do ensino secundário não permite preencher as 723 vagas que o instituto abriu o ano passado. Torna-se necessário, segundo o responsável máximo pelo IPP criar infra-estruturas e “garantir uma oferta credível do ponto de vista académico”, que também “seja atractiva dos outros pontos de vista”. Só assim, se pode “ir buscar alunos a muitas escolas de outros distritos e das regiões autónomas”, afirma o dirigente.
Do número de alunos que frequenta actualmente as escolas do IPP apenas 20% são oriundos da região de Portalegre. Os outros 80% vêm de outras zonas do país. Para atrair essa percentagem significativa, a instituição oferece, de acordo com o responsável, “uma relação de alojamento por alunos de melhor valor em todo o território nacional”. Nuno Oliveira destaca ainda a oferta de “condições em termos de alimentação como mais ninguém oferece”, possibilitando aos alunos, funcionários e docentes a “utilização do bar e refeitório todos os dias, incluindo fins-de-semana e feriados”. O IPP propicia ainda, de acordo com o presidente da instituição “condições para a prática de desporto, de actividades culturais, e para a pratica de actividades lúdicas dos alunos”.
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