Jornal do Alentejano reaparece renovado

O Jornal do Alentejano é a mais recente publicação do distrito e surge na lógica de "um trabalho diferente e de qualidade". A ideia é criar uma publicação de "assuntos regionais". Com duas edições publicadas, o director faz um balanço positivo.

O panorama jornalístico do distrito está, desde há duas semanas, mais movimentado com a publicação do Jornal do Alentejano que reaparece renovado em termos jornalísticos e gráficos.

Esta é uma publicação "de assuntos regionais, um trabalho diferente" com especial incidência nos capítulos da "política, sociedade e desporto", caracterizou Ilídio Pinto Cardoso, director do Jornal do Alentejano (JA).

Os objectivos do JA passam por "fazer um trabalho diferente mas, sobretudo, um trabalho de qualidade". A propósito da necessidade e espaço que a região teria para esta publicação, o director não tem dúvidas em afirmar que "o distrito tem de crescer, para crescer também em cidadania" e numa outra linha para "não sermos todos iguais e não lermos as mesmas coisas".

"Há um estudo que mostra que havia espaço no distrito para fazer mais e melhor", assegura Ilídio Pinto Cardoso.

"Se o Alentejo tem enchidos e queijos de qualidade, porque é que não temos um produto jornalístico qualificado?", questiona o director do Jornal do Alentejano que acrescenta: "terão de ser os leitores a certificar este produto".

Após duas edições publicadas, o director do jornal considera que"as impressões gerais que têm chegado, têm sido muitas boas, assim como as sugestões", referindo a existência de um conselho de redacção, "que está aberto a todas as sugestões".

Sobre a redacção do JA, o responsável frisa que a pretensão está em conciliar "a experiência com a formação académica".

O que parecia um equívoco

Quem lesse o primeiro número do “JA” e encaminhasse a leitura para a secção de Desporto, iria encontrar um artigo cujo tema central era a morte do relator desportivo Jorge Perestrelo. O que poderia destoar e fazer alguma confusão aos leitores mais atentos residia no facto de o artigo ser integralmente igual a um outro que se podia ler no site da TSF, estação onde trabalhava Jorge Perestrelo. Sem que o artigo do “JA” fizesse referência à emissora de rádio. O que poderia configurar um caso de plágio (que no 2º ponto do Estatuto do Jornalista é considerado como "grave falta profissional"). Não tivesse Ilídio Pinto Cardoso esclarecido a situação, ao afirmar, que "tinha autorização para publicar aquele conteúdo". O que contextualiza a temática dos acordos, que, de acordo com o director, "já estão praticamente formalizados".