ESEPTV - Peças
03/02/2016 - 14:40
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A evolução da Televisão, internet ou da imprensa e as suas implicações para o jornalismo praticado actualmente foi o tema central do encontro realizado na noite do 3º dia das Jornadas da Comunicação.
Um percurso com altos e baixos foi a ideia geral deixada por Emídio Rangel, David Borges e Virgílio Azevedo durante o debate “Uma década de Comunicação” que decorreu na noite de quarta-feira no âmbito das Jornadas da Comunicação.
A maior parte das questões levantadas durante a noite centralizou-se na evolução da televisão. “O aparecimento da televisão privada acabou com o monopólio existente anteriormente com a existência apenas da televisão pública, e criou uma pluralidade de informação que ajuda a formar ideias e tomar novos caminhos e opções”, disse Emídio Rangel antigo director da SIC e da RTP.
A televisão por cabo e a Internet conheceram durante estes anos a sua expansão originando que cada vez mais portugueses tenham acesso, não só ao que se passa em Portugal, mas também ao que ocorre além fronteiras.
A imprensa e a sua “decadência” foi outra das questões em debate. Virgílio Azevedo, do Expresso, marcou a sua posição afirmando que “se se melhorou no grafismo e no conteúdo dos jornais e revistas, perdeu-se muito com o aparecimento das edições online”.
Para Virgílio Azevedo estas edições online têm um papel muito importante na interacção entre o jornalista e o leitor/consumidor.
Para o jornalista David Borges “apesar de todas as novas tecnologias agora à disposição de todos, o jornalismo em vez de melhorar tem piorado nos últimos tempos”.
Segundo os oradores, hoje uma noticia tem uma duração muito curta pois há sempre uma nova noticia que toma o lugar desta, fazendo com que as noticias ou o assunto não seja explorado exaustivamente.
“Cada vez mais se fazem noticias que vendem. Se anteriormente era perguntado ao jornalista se a noticia é verdadeira, hoje em dia a pergunta é se a noticia vai vender”, disse David Borges, salientando ainda que “as noticias mais importantes são vendidas aos poucos de forma a fazer com que o público se prenda de forma a ver como termina a história.”
Emídio Rangel sublinhou que “se o público tem capacidade e discernimento para escolher o governante para o seu país, também deve ter a credibilidade para escolher a estação e o programa que quer ver”, isto reflecte-se nas audiências, sendo esta a forma que o público tem para mostrar os seu contentamento ou descontentamento com um determinado programa.
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